Com 36% de salário defasado, Sinter critica reajuste de 11% concedido pelo governo

Servidores estaduais não recebem reajuste desde 2015

Com 36% de salário defasado, Sinter critica reajuste de 11% concedido pelo governo
Vídeo gravado após anúncio do reajuste – Foto: Reprodução

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima (Sinter) criticou o reajuste salarial de 11% concedido pelo Governo do Estado nesta quarta-feira (2).

Os representantes do sindicato estiveram na solenidade em que o governador Antonio Denarium anunciou o percentual. O evento ocorreu no Palácio do Governo na manhã de hoje.

Após o anúncio, a diretoria se manifestou em vídeo gravado ainda no Salão Nobre do palácio. De acordo com a diretora-geral do Sinter, Josefa Matos, a reposição de 11% não é a que os professores esperavam.

“Ele anunciou que foi o maior aumento, que foi de 11%. Nós da educação não estamos felizes com esse reajuste. Nossas perdas salariais chegam a quase 40%. Então nós vamos continuar nessa luta todos os dias, pela nossa categoria”, explicou.

Em um dos comentários na publicação do vídeo, um servidor afirmou que o reajuste de apenas 11% faz referência ao número do Progressistas, partido ao qual o governador Antonio Denarium se filiou recentemente.

“…procura saber o número do PP, que é o partido que ele se filiou, seria uma vantagem pra gente se ele tivesse se filiado ao PROS que o número é 90, aí teríamos 99% de reajuste!!”, disse.

Os servidores estaduais não recebem reajuste inflacionário desde 2015. Conforme o Sinter, a defasagem salarial em dezembro de 2021 já estava em 36%.

Conforme o professor Waldemar Junior, o sindicato realizará uma assembleia. A reunião será para decidir o percentual mais justo para os educadores.

“A nossa luta é incansável pelos direitos dos Trabalhadores em Educação”, disse.

Conforme informações do governo, os servidores estaduais não recebiam reajuste desde 2015. Ou seja, sete anos.

Manifestação sobre reajuste na ALE-RR

Mesmo após sete anos sem reajuste salarial, os deputados estaduais aprovaram em dezembro passado, a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2022 sem o reajuste para os professores.

A LOA prevê R$ 397.368.263 para a Secretaria de Educação e Desporto (Seed). Do mesmo modo, também destinou R$ 638.381.729 para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Durante as sessões para votação da LOA, professores se reuniram dentro e fora da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) para pedir o apoio dos parlamentares. Mas, os deputados não atenderam às reivindicações.

Greve

Ainda em dezembro de 2021, os sindicalistas sinalizaram uma possível greve no início do ano letivo de 2022.

Eles continuaram solicitando o reajuste atrasado desde 2015. Dessa forma, convocaram assembleia geral para deliberação sobre a greve.

Resposta do governo

Por outro lado, a Secretaria de Educação e Desporto (Seed) afirmou que o governo concedeu o ajuste de forma linear. Disse ainda que não findou diálogo com a categoria sobre outras possibilidades que ainda estão em estudo e análise.

Fonte: Lara Muniz

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