Coronel da PM de Roraima investigado pela Polícia Federal assume Comando de Policiamento do Interior

Militar foi preso pela PF em dezembro, mas logo conseguiu a liberdade

Coronel da PM de Roraima investigado pela Polícia Federal assume Comando de Policiamento do Interior
Coronel Lisboa com o governador Antonio Denarium Foto: Reprodução/Instagram

O coronel Francisco Lisboa Júnior assumiu o Comando de Policiamento do Interior (CPI) da Polícia Militar de Roraima (PMRR). A página do Comando no Instagram divulgou um vídeo da passagem de comando na manhã desta segunda-feira, 6.

Lisboa Júnior é investigado pela Polícia Federal (PF), em um esquema de compra de votos do presidente da Câmara de Boa Vista, Genilson Costa (Republicanos). Ambos tiveram a prisão decretada em dezembro do ano passado, mas logo ficaram livres.

Na ocasião, coronel Lisboa Júnior ocupava o cargo de subcomandante-geral da Polícia Militar. O governador Antonio Denarium o exonerou e agora o colocou para comandar a segurança nos 14 municípios do interior do estado.

Operação Martellus

Polícia Federal deflagrou, no dia 18 de dezembro, a Operação Martellus, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa constituída durante o período eleitoral de 2024, voltada à prática de compra de votos assim como outros crimes eleitorais.

A PF cumpriu 18 mandados de busca e apreensão, assim como 14 mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça da 1ª Zona Eleitoral de Roraima.

A investigação teve início após a prisão em flagrante de dez pessoas no dia, 5 de outubro, pelo crime de corrupção eleitoral. Na ocasião, um suspeito, apontado na investigação como líder de campanha, teria cooptado eleitores para votar em Genilson Costa. Em contrapartida ao voto, essas pessoas teriam recebido valores que variavam entre R$ 100 e R$ 150.

No dia 6 de outubro, uma busca e apreensão conduzida pela PF identificou a prática de diversos crimes eleitorais. Culminando, portanto, na prisão em flagrante do então candidato pela prática dos crimes de corrupção eleitoral bem como lavagem de dinheiro. Além de ter ouro em sua forma bruta em sua residência, o que é crime.

Após a prisão, Genilson recebeu liberação em decorrência de uma decisão proferida em sede de habeas corpus.

De acordo com as investigações, o coronel da PMRR teria participado do esquema ao repassar informações sobre denúncias de compra de votos ao então candidato.

Fonte: Da Redação

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