Política

Coronel Edison Prola é alvo de inquérito militar na PM de Roraima por criticar escândalos envolvendo comandante-geral investigado pela PF por venda ilegal de armas

O ex-comandante da Polícia Militar de Roraima (PMRR), coronel Edison Prola, virou alvo de uma investigação dentro da instituição. Ele se manifestou nesta segunda-feira, 25, nas redes sociais para relatar a situação.

De acordo com ele, a PMRR, instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) após ele ter criticado o comandante-geral, Miramilton Goiano, e o governador Antonio Denarium (PP) nas redes sociais.

As críticas ocorreram após os escândalos envolvendo o comandante, como por exemplo, a operação da Polícia Federal (PF) que o apontou como suspeito de venda ilegal de armas de fogo e munições. As equipes cumpriram 16 mandados de busca e apreensão no último dia 16 de outubro. Um deles foi na casa do coronel, no bairro Cinturão Verde, zona Oeste de Boa Vista.

Edison Prola já havia se posicionado sobre o assunto anteriormente, durante o escândalo publicado pelo jornal O Globo. Ele disse que “não pode haver dúvida na credibilidade da PMRR! A sociedade de Roraima tem que confiar 100% na Corporação!” Disse ainda que as acusações que recaem sobre alguns PMs e o comandante são gravíssimas. E que ele deveria ter ética e moral de se afastar para se defender e não colocar a instituição sob o julgamento do povo roraimense. 

Além disso, Prola também criticou quando Coronel Miramilton virou alvo de investigação, após um ex-segurança do governador revelar sua suposta interferência na apuração do assassinato de um casal em briga de terras no Cantá. O policial Helton Jhon, preso por envolvimento no duplo assassinato, citou Miramilton durante depoimento.

Inversão de valores

Em suma, pelo fato de o atual comandante da PMRR seguir no cargo sem que ao menos o Governo o tenha afastado durante as investigações, Prola considerou a ação contra ele como uma inversão de valores. Isso porque o Governo afirmou que abriria processo administrativo contra todos os policiais alvos da operação da PF. No entanto, não se manifestou sobre Miramilton, que deveria ser afastado do cargo para que se abrisse um processo administrativo especial devido à sua patente e o cargo que ocupa.

O CMT da PMRR é indiciado em dois crimes. O duplo homicídio no Surrão no Cantá e pela Polícia Federal por venda de armas e munições para o garimpo! … E eu, um coronel da reserva que sou indiciado por fazer postagens no Instagram!”, escreveu Prola.

A audiência de qualificação e interrogatório do ex-comandante está marcada para esta quarta-feira, 27, as 9h, no Comando de Policiamento da Capital (CPC).

Fonte: Da Redação

Rosi Martins

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