Política

CPI aprova convocação de ex-secretário de Roraima que atuou no Ministério da Saúde

A CPI da Covid aprovou nesta terça-feira (18) a convocação do ex-secretário executivo Elcio Franco Filho, que foi secretário da Saúde de Roraima no governo de Antonio Denarium (sem partido). Franco Filho foi o número dois da pasta durante a gestão de Eduardo Pazuello.

Quatro senadores pediram a oitiva: Otto Alencar (PDS-BA), Eduardo Girão (Podemos-CE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Humberto Costa (PT-PE). Eles querem detalhes da atuação do ex-secretário no combate à pandemia, principalmente no que diz respeito a compras e abastecimento de insumos para estados e municípios.

Mais cedo, Roraima em Tempo mostrou que o requerimento seria avaliado hoje. Além de Elcio Franco, devem ser convocados o atual secretário de Saúde de Roraima, Airton Cascavel, que também foi assessor, e o ex-gestor da Comunicação, Marcos Arnoud, o “Markinhos Show”.

Na comissão, o senador Girão lembrou que a crise sanitária no Amazonas e a ausência de oxigênio para os pacientes internados são temas centrais da CPI. Por isso, a necessidade do depoimento da testemunha.

FRACASSO

Já Randolfe considerou a gestão de Elcio Franco um fracasso diante do número de mortos. Segundo o parlamentar, quando o ex-secretário assumiu, o Brasil tinha 15.633 mortes e 223.142 casos confirmados. Ao ser exonerado, o número de óbitos estava em 298.843.

“Durante o período em que esteve no cargo, o Brasil presenciou o colapso dos sistemas de saúde pelo país – sem vagas nos hospitais para os doentes, pacientes sendo atendidos em corredores […] Só se chegou a essa situação catastrófica por conta dos inúmeros e sucessivos erros e omissões do governo no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Brasil, em especial no Ministério da Saúde, sob o comando de Eduardo Pazuello e gestão executiva do ora requerido”, alegou o senador.

Ainda conforme Randolfe, durante o tempo em que Franco Filho foi secretário-executivo, o Ministério da Saúde apresentou um Plano Nacional de Vacinação somente em dezembro de 2020, após exigência do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Mesmo com a demora, o plano era falho. Apresentava diversos pontos em aberto e foi alvo de críticas de cientistas cujos nomes apareciam como responsáveis pela elaboração do documento e que afirmaram não terem sido consultados antes da publicação”, alegou.

Josué Ferreira

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