
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Grilagem de Terras da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) ouvirá nesta segunda-feira, 14, representantes dos órgãos de controle do Estado: Ministério Público Estadual, Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, Tribunal de Contas, Ministério Público de Contas, Procuradoria-Geral do Estado e Casa Civil.
A convocação tem o objetivo de apurar possíveis irregularidades na concessão e regularização fundiária em Roraima. Oitiva deve iniciar às 15h.
Na última oitiva, realizada no dia 31 de março, a CPI apontou indícios de obstrução das investigações da Comissão Parlamentar. Com isso, a então presidente do Iteraima, Dilma Costa, e o diretor de Governança Fundiária do órgão, João Silva, passaram a ser investigados.
Outro ponto levantado na última reunião foi a emissão de títulos de terra para pessoas ligadas ao governador Antonio Denarium (Progressistas), incluindo amigos e familiares. Um dos casos mais destacados foi o do filho do gestor, Gabriel Prestes de Almeida, que teria recebido cinco Autorizações de Ocupação (AOs) no último mês. Conforme as investigações, ele possui 11 imóveis no estado.
Ao se defender, Dilma disse “não ter problema com ninguém e nem envolvimento político” e que não é “parcial”. Ela afirmou ainda: “Não favoreci ninguém. Sempre fui técnica”. No entanto, para o deputado Jorge Everton (União), a distribuição dos títulos evidencia favorecimento.
CPI da Grilagem de Terras
A ALE-RR instaurou a CPI das Terras por meio do Ato da Presidência nº 003/2025, motivada por denúncia encaminhada pelo Ministério Público de Contas (MPC), que solicitou o afastamento da então presidente do Iteraima, Dilma Lindalva Pereira da Costa, acusada de grilagem e favorecimento indevido na regularização fundiária da Gleba Baliza.
Compõe a CPI os deputados Jorge Everton (União), presidente; Armando Neto (PL), vice-presidente; Renato Silva (Podemos), relator; e os membros Marcinho Belota (PRTB), Chico Mozart (PRTB), Neto Loureiro (PMB) e o presidente da ALE-RR, Soldado Sampaio (Republicanos).
Canal de denúncias
Moradores que tenham denúncias sobre grilagem de terras, devem entrar em contato de forma anônima com a CPI por meio do número (95) 98423-4691.
Fonte: Da Redação