O jornalista Bruno Perez protocolou um pedido de impeachment contra o governador Antonio Denarium (PP) nesta segunda-feira (6).
Brune Perez, que também é vereador, entregou o documento na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) na manhã de hoje.
Conforme o jornalista, o gestor cometeu o crime de responsabilidade por ter feito comentários preconceituosos contra os indígenas que estão em situação de vulnerabilidade na área Yanomami em Roraima. Ele destacou ainda que o governador sempre esteve ciente da situação na Terra Indígena, mas nunca tomou atitude para ajudar os Yanomami.
“Em nenhum momento o Governo do Estado ajudou. Nem com comida, nem acionando o Governo Federal. Nem mesmo fazendo alterações para frear esses voos clandestinos e pistas clandestinas. E agora que o Governo Lula vem e, entre aspas, descobre o problema, o Governo do Estado agora passa a pedir ajuda ao Governo Federal. Além disso, chamou os índios de bichos e que eles têm que se aculturar e tudo mais”.
Além disso, Bruno Perez destacou que a crise dos Yanomami não é novidade. Pois a imprensa noticia a falta de comida e medicamentos há vários anos. O jornalista criticou o governador por não ter feito nada sobre o assunto.
“Ele assinou lei e sancionou lei pró-garimpo, não fez operação, foi omisso o tempo todo e agora quer dar uma de bom moço. Então eu como vereador, jornalista, radialista faço mais uma denúncia e peço que os deputados analisem”, disse.
Reportagens
O vereador inseriu no documento cerca de 50 links com reportagens antigas e atuais sobre a crise dos Yanomami. Colocou ainda imagens que mostram a desnutrição dos indígenas.
Além disso, ele também destacou no pedido que mais de 60 entidades assinaram nota de repúdio contra o governador. Elas repudiaram a fala de Denarium que disse que os indígenas “têm que se aculturar, não podem mais viver na mata deito bicho”.
Recesso
A Assembleia Legislativa está em recesso parlamentar. Assim, os deputados devem retomar os trabalhos a partir do dia 15. A expectativa de Bruno Perez é que eles analisem logo o pedido.
“Os trabalhos [da ALE-RR] começam no final desse mês, então eu protocolei, vai para a Corregedoria. A Corregedoria vai analisar se vai a frente ou não”.
Fonte: Da Redação