Denúncia aponta compra de pesquisa eleitoral em RR para beneficiar Antonio Denarium e Hiran Gonçalves

Conforme a denúncia, o IPEC/IBOPE é o responsável pela coleta de dados. Instituto é conhecido por gerar polêmica por resultados de pesquisas sempre diferentes aos que saem nas urnas

Denúncia aponta compra de pesquisa eleitoral em RR para beneficiar Antonio Denarium e Hiran Gonçalves
Antonio Denarium e Hiran Gonçalves – Foto: Reprodução

Uma denúncia recebida pelo Roraima em Tempo na manhã deste sábado (17) aponta a compra de uma nova pesquisa eleitoral em Roraima. De acordo com as informações, Antonio Denarium e Hiran Gonçalves, ambos do PP, são os beneficiados. Eles são candidatos ao Governo e Senado, respectivamente.

Conforme a denúncia, dessa vez o resultado da pesquisa vazou e mostra Denarium com 14 pontos a frente de Teresa Surita (MDB). Por outro lado, Hiran Gonçalves estaria com 10 pontos a frente de Romero Jucá (MDB).

Assim como na pesquisa divulgada anteriormente, o resultado que vazou desta atual causa desconfiança na população.

O IPEC/IBOPE é novamente o responsável pela coleta de dados. O instituo é envolvido em várias polêmicas por manipular pesquisas desde 2010, até chegar a ficar desmoralizado.

Resultado distante e compra de pesquisa

Nos últimos anos é comum o resultado das eleições ficarem bem distantes das pesquisas eleitoral. Especialmente as do IPEC/IBOPE.

Essa mesma empresa foi acusada de vender e manipular pesquisas eleitorais em Roraima. Nas eleições de 2020, o deputado federal Ottaci Nascimento (Solidariedade) liderava pesquisas do instituto para a Prefeitura de Boa Vista, mas um áudio do ex-deputado Jalser Renier mostrou o que estava por trás da liderança do aliado. Os resultados teriam sido manipulados. Na ocasião, contrariando as pesquisas do Ibope, o candidato de Teresa Surita, Arthur Henrique (MDB) venceu com 85% dos votos.

À época, várias especulações ocorreram na capital. Pois o resultado das pesquisas não condiziam com a manifestação popular nas urnas. Conforme estas especulações, a compra de cada pesquisa do instituto custa entre R$ 200 mil a R$ 1 milhão.

Recentemente, Ciro Gomes, candidato à Presidência, reafirmou essa informação durante um evento em Fortaleza-CE.

Ele deu entender que pessoas da elite financeira são quem compram as pesquisas. O que mostra o real interesse desses resultados que mostram sempre grandes empresários a frente nas pesquisas.

Em outra ocasião, o ex-ministro Antonio Palocci deu detalhes de como propinas de empreiteiras financiaram pesquisas eleitoral na campanha de 2010 no país. O esquema se estenderia até 2012.

Em contrapartida, o presidente de uma empreiteira envolvida confirmou a compra de pesquisa. Os contratos entre a empreiteira e o institui de pesquisa chegaram a R$ 11 milhões.

Com o atual cenário, cabe mais uma vez à população mostrar o verdadeiro resultado nas urnas no próximo dia 2 de outubro. Assim como fez em 2020.

Fonte: Da Redação

 

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