Eleições 2022: campanha é marcada por fake news e excesso de ofensas da base aliada de Denarium contra Teresa Surita e Romero Jucá

Conforme a Justiça, propagandas irregulares extrapolam a liberdade de expressão e saem do contexto do debate político; população deve ficar atenta às fontes do conteúdo

Eleições 2022: campanha é marcada por fake news e excesso de ofensas da base aliada de Denarium contra Teresa Surita e Romero Jucá
Foto: Divulgação

O combate às fake news foi uma das principais preocupações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante esse período de campanha eleitoral.

Em abril, por exemplo, o TSE já havia estabelecido ações e projetos para o enfrentamento da desinformação. Conforme o próprio órgão, a fake news é uma ameaça real à nossa democracia e precisa de enfrentamento com rigor.

Fake News e ofensas

Em Roraima, a campanha tem sido marcada pelo excesso de falsas notícias e ataques agressivos. Principalmente contra a candidata ao Governo de Roraima, Teresa Surita (MDB). E também contra o candidato ao Senado, Romero Jucá (MDB). Os ataques têm partido da base aliada do também candidato Antonio Denarium (PP).

A Justiça Eleitoral está punindo com rigor. Assim, Denarium já recebeu condenações por oito vezes com aplicação de multa por divulgar conteúdo irregular. E também por extrapolar a liberdade de expressão com materiais e publicações agressivos. O candidato já chegou a pegar multa máxima por desobedecer a Justiça.

Conforme citam trechos das decisões, o candidato continua divulgando material ofensivo em suas redes sociais. Além disso, as propagandas agressivas transmitidas em rádio e TV, também extrapolam o contexto do debate político.

Estratégia do marketing

De acordo com a socióloga Carla Domingues Rocha, as notícias falsas têm se tornado estratégia dentro do marketing para a construção de conteúdos negativos.

“A internet, que deveria ser utilizada para construir e ampliar conhecimento, tem sido usada para disseminar a desinformação e atacar adversários políticos. [..] A disseminação das fake news hoje é uma estratégia adotada pelos marqueteiros, portanto a democracia fica sim fragilizada”, explicou.

Carla também disse que a desinformação pode ser considerado um ‘inimigo oculto’. E ressaltou a importância de ensinar o eleitor a verificar as fontes da informação.

“A mentira quando é contada muitas vezes, acaba se tornando ‘verdade’. A mentira intenta contra o processo democrático quando leva a população ao erro e interfere na escolha do seu representante legal. É importante informar a população sobre a importância em verificar a informação“.

Ajuda da imprensa

Os veículos de comunicação desempenham importante papel no combate à desinformação. As fake news, muitas vezes, acabam sendo compartilhadas de forma rápida por meio de grupos de mensagens ou em outras redes sociais.

A informação só é segura quando é oficial. Logo, a melhor forma de combater as notícias falsas é não compartilhando links com conteúdo duvidoso. Do mesmo modo, a população deve ir em busca da verdade e verificar a origem da fonte.

Por fim, a desinformação é a arma de diversos líderes políticos. Não apenas no Brasil. A estratégia, apesar de antiética, se mostra eficiente para candidatos menos preparados ou com valores morais duvidosos.

Por Polyana Girardi

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