Ex-funcionários do extinto Partido Social Liberal (PSL), atual União Brasil, entraram com uma ação trabalhista contra a organização por carga horária excessiva, falta de pagamento de horas extras, bem como demissões de funcionários afastados por motivo de doença.
O relato dos ex-funcionários é de que eles não receberam aviso prévio das demissões, que ocorreram em 2021. Um deles afirma que após dois anos de trabalho, recebeu o diagnóstico de Síndrome de Burnout. O distúrbio é caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse.
O advogado que os representa no caso, Henrique Moura, disse que além dos assédios morais e ataques à honra, os ex-funcionários também sofreram pressões psicológicas para reunir pessoas a participarem do grupo político do deputado federal Nicoletti, presidente da sigla em Roraima.
“Ela sofria perseguição, ela tinha essa carga horária excessiva. Para ter uma ideia, ela entrava por volta de 08h e saía 23h da noite durante o período de campanha, que foi uns quatro meses. Então eles trabalhavam todos os dias, de segunda à segunda, sem descanso semanal remunerado […] eles tinham que reunir pessoas para fazer volume, para dizer que estavam arrecadando votos”, relatou.
As vítimas que sofreram os assédios preferiram não se identificar na reportagem. Contudo, uma delas relatou que, por ser homossexual, sofreu preconceito até mesmo do próprio deputado Nicoletti.
“Tu tinha que pegar 50 pessoas. Todo dia tu tinha que trazer 50 pessoas aqui para o partido. Se tu não acometesse a meta, eles te ameaçavam a te demitir. Eles ficavam falando ‘tu é um inútil, tu é um incompetente’. Eu sou homossexual, eu sofri, eu escutei nos bastidores me chamando de veadinho, ‘cadê aquele veadinho?’. Eu soube que o próprio Nicoletti me chamava de veado”, disse.
O ex-funcionário disse ainda que adoeceu por conta do que passou durante período em que trabalhou no PSL.
“Eles não pagaram a gente, eles não pagaram o PIS, eles não pagaram o nosso abono salarial, eles não pagaram nossas férias, não pagaram nossas horas extras. Eu adoeci, eu tomo remédio para depressão. Tenho problemas sérios de saúde, estou há oito meses em tratamento. Eu adoeci por culpa disso”, contou.
Os nomes citados pelos denunciantes são Renato e o coronel do Exército, Álvaro Duarte, que é diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), indicação do deputado Nicoletti.
Sendo assim, outro denunciante citou os dois nomes e relatou como era tratado durante o período em que trabalhava no partido. Ele chegou a ser demitido enquanto estava em tratamento de saúde com atestado vigente.
“O Renato é uma pessoa totalmente desequilibrada. Ele perseguia e assediava não só eu, como todos os outros funcionários que trabalhavam com o deputado Nicoletti. Chegamos com várias reclamações para o deputado Nicoletti, para o coronel Álvaro e eles nada fizeram […] em agosto para setembro, eu comecei a me sentir mal, com alguns problemas lá do partido. Peguei e fiquei hospitalizado, passei 30 dias hospitalizado, sem nenhuma assistência do deputado. Então eu fui demitido”, disse.
Em nota, a assessoria do deputado Nicoletti, informou que está acompanhando todo o processo dos ex-funcionários. Em contrapartida, afirmou eles tiveram, sim, todos os direitos pagos e respeitados.
Disse ainda que os relatos de trabalhos forçados e falta de alimentação não condizem ao ambiente de trabalho à época e que sempre foi cordial, humanista e respeitador de todos, indiferente de cor, credo, raça, religião e sexualidade.
Fonte: Rádio 93 FM
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