O ex-secretário Marquinhos Marques pediu à CPI da Covid a suspensão da quebra de sigilo telefônico e de e-mail. A aprovação ocorreu no mês passado.
Marquinhos diz que a comissão não passou a ele informações sobre a quebra. Além disso, a CPI pediu relatórios das movimentações financeiras.
Ele diz que não tem motivo para autorizar a quebra de sigilo. Fala ainda que inexistem suspeitas de atos ilegais praticados por ele.
O ex-secretário da Comunicação do Governo de Roraima pediu, portanto, a suspensão, até que ele deponha à CPI da Covid.
“Assim, caso seja impossível a suspensão da efetivação das extremas e precipitadas medidas, requeiro me seja fraqueada as atas onde estas medidas foram deliberadas e deferidas”, narra.
Marquinhos quer as atas para criar alternativas de colaboração e de defesa.
Marques trabalhou na campanha de Antonio Denarium (sem partido) em 2018. Em seguida, assumiu a Comunicação, onde ficou até janeiro do ano passado.
Posteriormente, assumiu o marketing do Ministério da Saúde na gestão do general Eduardo Pazuello.
Suspeitas
Por causa disso, os senadores investigam se as propagandas e as ações de marketing do governo ajudaram na omissão frente à pandemia da Covid-19.
De acordo com o requerimento da CPI, Pazuello era criticado por dar informações erradas e contraditórias, e por ter uma relação conflituosa com a imprensa.
Por isso, esperava-se que Markinhos, contratado na qualidade de “marqueteiro”, fosse capaz de melhorar a comunicação do ministério e de Pazuello.
Então, ele ficou responsável por defender o general nas redes sociais das críticas. Durante o colapso de saúde em Manaus, em janeiro deste ano, o ex-secretário declarou:
“Com todos esses bilhões que foram para Manaus, não tiveram um centavo para montar uma fábrica de oxigênio em cada hospital?”, escreveu.
E continuou: “Não sobrou um real para comprar um cilindro? Enfiaram todo esse dinheiro no c… A corrupção mata!”.