Indígenas rejeitam Denarium e senadores em evento com presidente da República

Luiz Inácio Lula da Silva participou de assembleia na Raposa Serra do Sol nesta segunda-feira (13)

Indígenas rejeitam Denarium e senadores em evento com presidente da República
Governador e senadores de Roraima – Foto: Reprodução

Um líder indígena revelou à reportagem do Roraima em Tempo que a presença do governador de Roraima, Antonio Denarium (PP) foi rejeitada no evento que ocorreu nesta segunda-feira (13) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Lago Caracaranã, em Normandia.

De acordo com as informações, o Governo Federal pediu a participação de Denarium. No entanto, os indígenas não aceitaram. Isso sob alegação de que ele é a favor do garimpo.

Além disso, a assessoria de Lula também solicitou a aprovação para a participação dos três senadores de Roraima. E, do mesmo modo, os indígenas rejeitaram.

Desprestígio

A atitude dos indígenas mostra o desprestígio das maiores autoridades políticas de Roraima. Pois, tanto o governador como Mecias de Jesus (Republicanos), Chico Rodrigues (PSB) e Hiran Gonçalves (PP) são a favor do garimpo.

Como resultado, suas declarações, ações, ou mesmo a ausência delas, incentivaram muito o avanço do garimpo ilegal nas terras indígenas. O que causou grande impacto na vida dos Yanomami, por exemplo.

Repúdio de indígenas

As entidades indígenas chegaram a repudiar a escolha dos senadores na comissão que o Senado criou para acompanhar a situação dos Yanomami.

Ademais, eles pediram a retirada de Chico Rodrigues da presidência da comissão. Além de ser um forte apoiador do garimpo, ele é investigado por suspeita de corrupção com verbas da Covid-19 na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Por outro lado, os indígenas apontam Mecias de Jesus com um dos responsáveis pela crise dos Yanomami. Conforme eles, o senador tem responsabilidade na falta de medicamentos que contribuiu para várias mortes.

É que, nos últimos quatro anos, Mecias indicou os coordenadores do Dsei Yanomami. E foi nesse período que a crise na TI se agravou.

Além disso, a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para apurar o desvio de verbas de medicamentos no Dsei Yanomami.

Conforme relatório do Ministério da Saúde, em um dos processos, a empresa contratada entregou apenas 10% do contrato. Assim, pode ter ocorrido o desvio de 90% da verba.

Fonte: Da Redação

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