O deputado Jalser Renier (SD) foi denunciado pela terceira vez por suspeita de desvios de recursos da Assembleia Legislativa.
Além dele, o ex-deputado Naldo da Loteria também foi processo pelo Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR).
O Roraima em Tempo tenta contato com Naldo. Jalser negou as acusações. (Leia íntegra no fim da reportagem)
A denúncia encaminhada à Justiça de Roraima ontem (22) cita que, entre janeiro de 2015 e junho de 2016, os dois então parlamentares desviaram R$ 1 milhão da Casa Legislativa.
Jalser e Naldo são acusados de peculato e organização criminosa. A denúncia faz parte da Operação Royal Flush, deflagrada pelo MPRR em janeiro de 2019.
À época, Renier, então presidente do Legislativo, teve mandado de busca e apreensão cumprido na casa dele, em Boa Vista. Ele acusou o ministério de agir por questões pessoais.
O desvio do dinheiro público ocorreu por meio de fraudes em uma licitação. Conforme o MPRR, a despesa era para o serviço de isolamento acústico, ou seja, evitar transmissão de som para a Casa.
Entretanto, o Tribunal de Contas fiscalizou os documentos e identificou que não houve pesquisa de preço, orçamento prévio ou publicidade da licitação e execução do serviço.
Em fevereiro deste ano, o Roraima em Tempo revelou com exclusividade que os dois políticos já tinham sido denunciados por desvio de R$ 71,2 mil da Assembleia.
O MPRR disse que a empresa foi contratada para consertar o painel eletrônico, assim como o sistema de votação da Casa.
No entanto, não houve pesquisa de preço, orçamento prévio ou publicidade da licitação, e o serviço nunca foi executado. Ou seja, situação semelhante a que foi denunciada ontem.
Jalser é investigado por organização criminosa, formada por servidores públicos, empresas privadas e operadores financeiros, denominados ‘laranjas’, que fraudaram os processos entre 2010 e 2016.
De acordo com a denúncia, Jalser foi o principal beneficiado no esquema, que desviou mais de R$ 24,5 milhões do Legislativo.
Prova disso é a troca de mensagens realizada e ligações interceptadas nas Operações Cartas Marcadas e Royal Flush. As duas operações investigam os contratos fraudulentos.
Conforme o ministério, parte dos valores desviados serviu para construir um posto de gasolina da esposa do parlamentar, Cinthya Gadelha, e uma garagem e uma área de lazer na residência do casal.
O órgão apontou que Jalser “estruturou e aperfeiçoou o esquema criminoso de desvio de recursos públicos”. À época, o deputado acusou o MP de atuar por questões pessoais.
O Deputado Jalser Renier esclarece que é sintomático que essa e outras acusações infundadas e antigas, venham acontecer exatamente no momento em que ocorre o julgamento no Supremo Tribunal Federal a respeito do seu cargo de Presidente da Assembleia Legislativa, conquistado pelo voto.
Alega que as acusações são inverídicas e reitera fortes indícios de que está sendo perseguido pelo grupo que o usurpou ilegalmente do mandato de Presidente.
Por Redação
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