O deputado Jalser Renier (SD) entrou com um novo processo para anular as oitivas da Subcomissão de Ética da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). O pedido dessa terça-feira (22) é idêntico ao pedido feito nessa segunda-feira (21).
A única diferença era o valor da causa. Na nova ação, a defesa do parlamentar pediu R$ 100 mil reais. No entanto, o juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública, Luiz Alberto de Morais Junior, corrigiu e fixou o valor de causa em R$ 1 mil.
Depois de corrigir o valor, o juiz declarou incompetência para julgar novas petições e pediu redistribuição do caso. Assim como fez com o primeiro pedido de Jalser Renier sobre as oitivas.
A base de pedidos é a mesma: anulação das oitivas, decisões e futuras decisões com base nos depoimentos das testemunhas à Subcomissão de Ética. Antes, a defesa já havia entrado com pedido de desistência da primeira causa.
O processo tem a ALE-RR como réu. A ação pede, ainda, que a Casa Legislativa arque com as custas processuais e honorários advocatícios de Renier, que é deputado há 27 anos pelo estado de Roraima.
Renier é apontando como o responsável por arquitetar o sequestro e tortura do jornalista Romano dos Anjos. Por isso, o extinto Partido Social Liberal (PSL) pediu a cassação do parlamentar por quebra de decoro.
A defesa argumenta que não houve tempo hábil para convocação das testemunhas do parlamentar. Também acusa o relator das oitivas, deputado Jorge Everton (sem partido), de abuso de poder. Nesta terça-feira (22), a defesa chegou a apresentar um pedido de desistência.
“O relator da Subcomissão de Ética está agindo em manifesto abuso de poder, pois passou a conduzir o processo disciplinar a bel prazer, desrespeitando o Regimento Interno, o Código de Ética Parlamentar e as garantias constitucionais”, diz trecho da argumentação.
A Comissão de Ética aprovou o andamento do processo de cassação do deputado Jalser Renier. Dessa forma, o caso segue para Comissão de Constituição e Justiça.
Fazem parte da Comissão de Constituição e Justiça:
Se aprovado pelos parlamentares dest5a comissão, o caso segue para a Mesa Diretora, que deverá abrir votação no plenário.
Durante a manhã dessa segunda-feira (21), testemunhas foram ouvidas pelos parlamentares que integram a subcomissão. Dessa forma, ao todo, deveriam ter sido ouvidas 31 testemunhas arroladas pela defesa do deputado.
No entanto, as oitivas foram encerradas após o deputado Jalser Renier acusar outros parlamentares de perseguição e, ainda, ameaçar o relator da subcomissão, deputado Jorge Everton (sem partido).
Durante a sessão, os deputados ouviram apenas quatro testemunhas, três convocadas pela subcomissão e uma pela defesa de Jalser. A maior parte das testemunhas não compareceu ao plenário. A defesa do parlamentar justificou que “não houve tempo hábil” para convocação das testemunhas. Dessa forma, os parlamentares ouviram:
Das quatro testemunhas, apenas Hélio de Pinho Pinheiro foi convocada pela defesa de Renier. Ele chegou a fazer a segurança pessoal do deputado. Durante o depoimento dele, a deputada Lenir Rodrigues (Cidadania), membro da comissão, protagonizou uma breve discussão com o relator durante os questionamentos.
O sequestro do jornalista Romano dos Anjos ocorreu no dia 26 de outubro do ano passado. Bandidos o retiraram de casa, o torturam e em seguida o deixaram em uma área na região o Bom Intento, na zona Rural de Boa Vista.
Romano estava com pés e mãos amarrados com fita adesiva, mas conseguiu se soltar. Como resultado, ele passou toda a noite próximo a uma árvore no Bom Intento. Os criminosos queimaram o carro do jornalista.
Em depoimento à Polícia Civil, o jornalista disse que os criminosos citaram o nome do governador Antonio Denarium (sem partido) e do senador Mecias de Jesus (Republicanos). Logo depois, os dois políticos negaram.
Denarium pediu à Polícia Federal que assumisse a investigação do sequestro, mas a Superintendência afirmou que não havia elemento que federalizasse o caso.
Romano relatou que havia saído para comprar sushi na noite do dia 26 de outubro com a esposa, Nattacha Vasconcelos. Ele não percebeu se estava sendo seguido ao ir ao estabelecimento no bairro Pricumã.
Ao chegar em casa, no bairro Aeroporto, fechou o portão, travou o carro, mas não fechou com a chave a porta da residência, pois os cachorros estavam soltos.
Quando jantava com a esposa, ouviu o latido, saiu para ver o que era, mas ao abrir a porta se deparou com três criminosos armados, sendo que um fazia segurança.
Os sequestradores colocaram o casal no quarto e os bandidos pediram dinheiro e perguntaram onde ficava o cofre. Romano foi algemado e teve boca e olhos vedados com fita.
Em seguida, o levantaram por meio de “técnica típica” que os policiais usam para conduzir presos.
Na sala da residência, pediram a chave do carro. O jornalista indicou onde estava e pediu que deixassem a carteira com documentos.
Os criminosos mandaram que ele calasse a boca, usaram novamente fita, desta vez do queixo até a parte de trás da cabeça, o colocaram na parte de trás do veículo e deixaram o imóvel.
Fonte: Da Redação
Situação é preocupante, diz presidente da SBI, Alberto Chebabo
Segundo as investigações, o mesmo homem teria furtado e vendido mais de 50 cadeiras e…
Todo contribuinte que faz a declaração do IR pelo formulário completo pode reverter 6% do…
Grupo terá 9 apresentações durante o maior espetáculo natalino de Roraima, contando com 150 coristas
Cerimônia marca a conclusão do chamamento dos 150 aprovados no concurso de 2023
Ação municipal será no Cras Silvio Leite, localizado na rua Marieta de Mello Marques, no…