Tropa da PF vai para comunidade alvo de conflitos

Esta é a segunda vez que a Polícia Federal manda homens para a região Yanomami com intuito de coletar informações sobre os conflitos

Tropa da PF vai para comunidade alvo de conflitos
Pela segunda vez Polícia Federal envia agentes para Palimiú – Arquivo pessoal/Júnior Hekurari

A Polícia Federal (PF) enviou uma tropa nesta sexta-feira (21) para a comunidade Palimiú, na Terra Yanomami, em Roraima. O órgão disse ao Roraima em Tempo que mandou 10 agentes.

A princípio, o objetivo da polícia é investigar os novos fatos. A tropa vai ficar pelo tempo que for necessário, segundo a PF.

Esta é a segunda vez que a Polícia Federal manda homens para a região com intuito de coletar informações sobre os conflitos.

Desde o dia 11 de maio, uma tropa foi para Palimiú, contudo foi alvo de tiros de armas de fogo por parte de garimpeiros no momento em que retornavam para Boa Vista.

TROPA NÃO DEVE PERMANECER

De acordo com o presidente do Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-Y), Júnior Hekurari, a comunidade vive sob medo e tensão.

“Todas as noites [garimpeiros] estão tentando invadir a comunidade. Eles [indígenas] não conseguem dormir e ter paz”, disse o líder indígena.

As organizações indígenas registram conflitos desde abril de 2020. De lá para cá, outros documentos foram enviados aos órgãos de controle.

No entanto, em 10 de maio de 2021, houve uma escala de conflitos na Terra Yanomami que já dura quase duas semanas. Os garimpeiros lançaram bombas contra os indígenas.

PEDIDOS

Tropa - Indígena Yanomami com rosto pintando de vermelho
Tropa foi para proteger os indígenas

Desde então, as organizações de defesa dos povos indígenas cobram do Supremo Tribunal Federal (STF) a saída urgente de garimpeiros da região de Roraima.

Júnior Hekurari disse que os indígenas fazem a segurança na comunidade. Além disso, ele falou que a Polícia Federal deve sair de Palimiú hoje.

“A comunidade se organizou para fazer a parte de vigiar a comunidade à noite. Eles [Yanomami] ligaram há pouco. Chegou PF, mas não vão dormir”, contou.

O Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) diz que mais de 20 mil garimpeiros estão ilegalmente na reserva. Portanto, os conflitos devem seguir.

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