Política

Romero Jucá explica a importância da Estrada da Guiana para Roraima

O presidente do Movimento Democrático Brasileiro em Roraima (MDB-RR), Romero Jucá, lançou uma série de vídeos chamada “Legados”. Nesta quinta-feira (14), ele falou sobre a importância da estrada da Guiana para a economia de Roraima.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Romero Jucá lembrou como foram as conversas com os líderes do país vizinho, o seu esforço para convencer os governos brasileiros, bem como, as vantagens da ligação entre os dois países. Conforme ele, os políticos locais têm que dar mais atenção ao tema.

“Por muitos anos, eu fui o único político a falar sobre a estrada. Mas, eu sempre vi que a Guiana era o melhor caminho para o nosso Estado. Dessa forma, fazer a estrada é criar um novo caminho para a produção local e também pode fortalecer a Zona Franca de Manaus, por exemplo”.

O país vizinho virou notícia com a descoberta de novas reservas de petróleo e gás natural. E, para Romero Jucá, Roraima pode crescer junto com a Guiana. “Antes, a estrada era importante para os dois países. Mas, hoje ela interessa muito mais a nós. Por isso, temos que fazer esse convencimento”.

De acordo com o presidente do MDB-RR, a falta de atenção da atual bancada federal ao tema prejudicou o Estado. “Foram três anos perdidos. Porém, esse projeto tem que continuar. Porque a estrada da Guiana é o caminho para vários setores da economia local. Por isso, nós temos que defender esse projeto”.

Entenda a importância da Estrada da Guiana para Roraima

A estrada da Guiana é importante porque ela é o caminho mais curto para que os produtos locais cheguem a outros países.

Hoje, grande parte do que Roraima exporta, sai via Manaus. A capital do Amazonas fica a 750 km de distância de Boa Vista. Por outro lado, a capital da Guiana, está a 679 km. E com outra vantagem: na beira do Oceano Atlântico.

Então, além de ser um caminho mais curto, a estrada amplia as chances da produção local chegar a novos mercados consumidores, como o do Caribe e da Europa, por exemplo.

O acordo inicial previa os investimentos para integrar as fontes de energia, a pavimentação da estrada Linden-Lethem e a implantação do porto de águas profundas em Georgetown, conforme disse Romero Jucá.

“Nós só vamos ampliar a produção local, quando a gente tiver uma logística que coloque os nossos produtos no mercado internacional e, acima de tudo, com um preço competitivo. É por isso que eu defendo a estrada da Guiana”.

As negociações para a estrada

As conversas entre os dois países já duram anos. Segundo Romero Jucá, ele mesmo já tratou do tema com diferentes presidentes.

“O processo de relação internacional é demorado e trabalhoso. Ou seja, as diplomacias demoram. E por isso que eu tratava pessoalmente com os presidentes tanto do Brasil quanto da Guiana. Ao longo desses anos, eu já falei com todos os presidentes do país vizinho que tinham interesse em ampliar essa relação”.

Em 2017, o  Brasil assinou um acordo de cooperação técnica com o projeto de engenharia estrada Linden-Lethem. A obra foi dividida em duas etapas, contudo, as mudanças políticas e a pandemia atrasaram a obra.

Este ano, o presidente Jair Bolsonaro, marcou uma visita ao presidente da Guiana Irfaan Ali. No entanto, a agenda foi cancelada porque a mãe do presidente Bolsonaro faleceu.

Porém, a pauta de negociações permanece e, conforme o Itamaraty, hoje os dois países tratam da construção da estrada ligando Roraima a um potencial porto de águas profundas na Guiana. O plano trata ainda os links de transmissão e de comunicação por fibra óptica como parte de um corredor de energia entre as nações.

No caso da estrada, o Banco do Desenvolvimento do Caribe (CDB) financiou US$ 190 milhões para o trecho de Linden a Mabura. E a empresa brasileira Galvão Queiroz S.A. do Brasil venceu a licitação. Desta forma, ela vai fazer a construção de duas pistas de 7 metros de largura e os pontos de drenagem. A obra tem cerca de 122 km de extensão.

A Guiana é um forte parceiro

Ano passado, as exportações brasileiras à Guiana cresceram cerca de 171%, chegando a marca de US$ 111,7 milhões. Além disso, através do porto, Roraima terá a condição de chegar aos países do Caribe. Estes, por sua vez, têm uma grande população, mas não são produtores de alimentos.

Por isso, Romero Jucá diz que é fundamental manter a boa relação política, econômica e social com a Guiana.

“Essa estrada é a redenção logística para Roraima. E eu não tenho dúvidas que isso vai transformar e melhorar a vida de milhares de pessoas do nosso Estado”.

Assista o vídeo completo: Legados – A Estrada da Guiana.

Fonte: Da Redação

Rosi Martins

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