O Sindicato da Polícia Civil de Roraima voltou a pressionar Governo do Estado pela convocação do cadastro de reserva do concurso de 2022. Em ofício enviado à Delegacia Geral, o presidente da entidade, Leandro Barbosa de Almeida, destacou a falta de efetivo e estrutura adequada para trabalho.
No documento, assinado no dia 19 de abril, o Sindicato enfatiza um déficit de quase 70% em alguns cargos da corporação. Além disso, cita ainda a desvalorização da categoria e falta de investimento na Polícia Civil.
“Enquanto a Polícia Civil sofre com esse baixo efetivo, com a não convocação do cadastro de reserva, as outras forças policiais, como a Polícia Penal e a Polícia Militar, vêm recebendo forte incentivo do Governo e isso cria uma disparidade muito grande […] Você cria mais contingente na Polícia Militar, você cria mais contingente na Polícia Penal, mas se a Polícia Civil não crescer junto, a engrenagem da segurança pública não funciona”, pontuou Gustavo Oliveira, representante da Comissão Oficial do Cadastro Reserva da Polícia Civil.
Além da convocação dos que já estão no cadastro de reserva, o Sindicato também pede ampliação para maior aproveitamento do concurso. Para Gustavo, o chamamento dos candidatos não representa uma solução para a corporação, mas pode ajudar a desafogar o serviço da Polícia Civil.
“Somos apenas 146 candidatos. Nós não representamos a solução para a Polícia Civil, mas a gente representa um fôlego que a instituição precisa para poder ter as próximas tomadas de decisão”, concluiu.
A cobrança do Sindicato acontece após uma Ação Civil Pública ajuizada pela Defensoria Pública de Roraima (DPE-RR) para que a Polícia Civil amplie o Cadastro de Reserva do último concurso para os candidatos aprovados no cargo de delegado.
A ação é resultado de um procedimento instaurado em janeiro deste ano após solicitações de candidatos do cargo. Eles alegaram que o último concurso para delegados ocorreu há 20 anos, gerando defasagem no quadro de profissionais.
A DPE-RR também instaurou procedimento administrativo para investigar a falta de delegados, médicos, odontolegistas, agentes, peritos criminais, papiloscopistas e auxiliares na Polícia Civil.
A ação cita a necessidade da convocação de 146 profissionais para ocupar os cargos da corporação que conta com mais de 800 vacâncias, o que coloca em risco a segurança da população e prejudica a investigação de crimes.
Em nota, o Governo de Roraima informou que a gestão do Executivo embasa tomadas de decisões em coerência com receitas e despesas, de forma a não tomar decisões que possam ocasionar situações contrárias à legislação vigente.
Fonte: Rádio 93 FM
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