Política

Subcomissão de Ética ouve testemunhas em processo de cassação de Jalser nesta segunda-feira

A Subcomissão de Ética da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) ouve as testemunhas de defesa de Jalser Renier (SD) e as convocadas pelo relator nesta segunda-feira (21).

As oitivas ocorrerão às 9h no Plenário Deputada Noêmia Bastos Amazonas. O deputado aparece no inquérito da Polícia Civil como o mandante do sequestro e tortura do jornalista Romano dos Anjos, em outubro de 2020.

O ex-delegado-geral da Polícia Civil Herbert Amorim Cardoso, o secretário de Segurança de Roraima, Edison Prola, a superintendente de Gestão de Pessoas da ALE-RR, Geórgia Amália Freire Briglia, bem como o jornalista Romano dos Anjos foram notificados pelo relator Jorge Everton (sem partido).

A defesa de Jalser Renier arrolou 31 testemunhas. Ao término dos depoimentos, o deputado poderá se manifestar perante os membros da Subcomissão.

As oitivas fazem parte do processo de cassação. A Subcomissão as está retomando após o Supremo Tribunal Federal (STF) acatar o pedido para dar continuidade aos trabalhos, interrompidos por decisão da Justiça de Roraima, assinada pelo desembargador Mozarildo Cavalcante.

“Toda a condução do processo tem assegurado ao deputado Jalser o exercício da ampla defesa e contraditório. As testemunhas poderão ser ouvidas de forma presencial ou virtual e os ritos procedimentais seguem as normas internas do Código de Ética Parlamentar”, disse o Jorge Everton.

Ele afirmou ainda que a Subcomissão de Ética dará total transparência à audiência de instrução e julgamento do processo.

Acesso da população

A imprensa e a população em geral terão acesso às galerias da ALE-RR. Todos devem respeitar as normas de segurança sanitária contra a Covid-19, com o uso obrigatório de máscara e distanciamento social.

Além disso, a TV Assembleia, a Rádio Assembleia e as redes sociais da Casa também transmitirão os depoimentos ao vivo.

Próximos passos

Após as diligências e coletas de provas, o relator Jorge Everton analisará a defesa de Jalser e emitirá parecer. O documento segue para o deputado Evangelista Siqueira (PT) fazer a revisão. Em seguida a deputada Lenir Rodrigues (Cidadania) irá apreciar o parecer.

Depois a Subcomissão encaminhará o documento para a Comissão de Ética para manifestação. Em seguida esta remeterá o processo à Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final, que, após deliberação, encaminhará à Mesa Diretora.

A responsabilidade da Mesa Diretora será incluir o relatório na Ordem do Dia para os deputados analisarem e colocarem em votação em plenário.

Pedidos de cassação contra Jalser

Conforme a ALE-RR, tramitam na Casa três representações contra o deputado Jalser Renier. Uma é de autoria do Partido Social Liberal (PSL), enquanto a outra é de autoria da Mesa Diretora. Essas duas estão na Comissão de Ética. Por outro lado, a terceira representação, de autoria do jornalista Yuri Carvalho, tramita na Corregedoria. 

Código de Ética

De acordo com o Código de Ética Parlamentar, o deputado que incidir na conduta incompatível com o decoro parlamentar estará sujeito à advertência verbal, censura escrita, suspensão ou perda do mandato.

Jalser mandante

O inquérito da Polícia Civil aponta Jalser Renier como o mandante do sequestro do jornalista Romano dos Anjos. O crime ocorreu em outubro de 2020.

Veja detalhes

Em seguida, o Ministério Público de Roraima (MP), juntamente com a PC e a Polícia Militar de Roraima (PM) deflagrou a operação Pulitzer. A força-tarefa resultou na prisão do deputado e mais 10 investigados no caso.

Nove são policiais militares e um é ex-servidor da ALE-RR. De acordo com o MP, os policiais faziam parte de uma uma organização criminosa especializada em espionagem, inteligência, logística e segurança privada.

Investigações apontam ainda que o grupo foi criado por Renier quando ocupava o cargo de presidente da Casa para intimidar adversários políticos.

Por conta disso, o Partido Social Liberal (PSL) entrou com pedido de cassação do mandato de Jalser. O motivo é por quebra de decoro.

Interferência

A Comissão de Ética da Assembleia deu andamento ao processo e criou a Subcomissão de Ética para apurar o caso.

Desse modo, o deputado Jorge Everton marcou as oitivas das testemunhas para o dia 30 de novembro do ano passado. Contudo, a defesa de Jalser entrou com mandado de segurança na Justiça de Roraima, que atendeu ao pedido e suspendeu o processod e cassação.

A Subcomissão recorreu ao STF, que entendeu que a Justiça de Roraima não pode interferir no processo de ética legislativo e, em seguida determinou a retomada da cassação.

Fonte: Da Redação

Rosi Martins

Recent Posts

Mãe de adolescente morta a tiros em Rorainópolis critica liberdade concedida ao réu e pede celeridade para julgamento do caso

Acrízio Silva Leite está solto desde agosto, com medidas cautelares, após decisão que revogou sua…

17 minutos ago

Justiça revoga prisão de Joner Chagas

Ex-prefeito está internado no HGR desde a quinta-feira, 4. Ele foi preso pela PF por…

26 minutos ago

Conferência municipal debate futuro do campo e políticas públicas de desenvolvimento rural

Encontro tem como foco a agricultura familiar e o uso sustentável dos recursos

37 minutos ago

Prefeitura abre período de matrículas para creches de Boa Vista

Processo inicia na segunda-feira, 8, e será totalmente online

2 horas ago

TSE mantém inelegibilidade de Telmário Mota até 2030, por distribuir prêmios e brindes em ano pré-eleitoral

Ações ocorreram em todos os municípios do estado, sob o pretexto de “prestação de contas…

2 horas ago

População conta com pontos de recolhimento de embalagens de agrotóxicos

Ação ocorre de 9 a 12 de dezembro e orienta produtores sobre o descarte correto,…

3 horas ago