Em agosto deste ano, a fisioterapeuta vítima de violência doméstica do neurocirurgião F.F.A. tinha acabado de fazer uma cirurgia, quando flagrou uma traição do marido com uma técnica de enfermagem. A partir de então, ele se tornou um homem controlador, chegando a agredi-la. Em razão disso, o relacionamento, que já durava há nove anos, entrou em crise.
O neurocirurgião chegou a afirmar que estava sendo extorquido pela mulher com a qual traiu a esposa. Assim, procuraram um advogado, que o orientou a colher provas para entrar com um processo, pois se tratava de um crime. Apesar disso, ele não buscou um meio de confirmar a acusação.
“Foi quando eles resolveram fazer terapia de casal. E eles ficaram muito tempo fazendo terapia. Ela percebia que ele não mudava. Às vezes ele mudava um pouco e depois voltava a ser aquela pessoa controladora que sempre foi dos meses para cá”, disse um familiar da vítima.
De uma hora para outra, o neurocirurgião tentou convencê-la a se casar com ele em comunhão universal de bens. Ou seja, todos os pertences adquiridos (antes e depois da união), seriam de ambos. Inclusive os recebidos através de herança.
“Um dia ele pegou ela, levou para o cartório e ela achou aquilo muito estranho. Ele queria casar em comunhão universal de bens. Aí ela falou para ele ‘não, não vou casar com você. Vamos resolver logo a nossa situação, porque a gente está em crise’”, explicou o familiar.
Mas a situação ficou fora do controle no último sábado (26). Conforme um familiar da vítima, o neurocirurgião chegou em casa pela manhã e se apossou do celular da fisioterapeuta. Além disso, ele a deixou em cárcere privado no próprio quarto, sem ao menos deixá-la falar com os filhos.
“Ela não podia nem beber água. Se ela quisesse água, ela avisava para ele, e ele pegava água e dava para ela”, contou.
À noite, mais uma mudança repentina. O médico pediu para sair com a mulher. Apavorada com a situação e com medo de que ele pudesse fazer algo, ela decidiu ir. Então, o homem a levou para a casa dos amigos, restaurante e boates. Para a fisioterapeuta, isso se tratava de um plano do marido para tentar demonstrar, em público, estabilidade no relacionamento.
“Ele sempre procurava lugares públicos, com muita movimentação e locais de pessoas que pudessem testemunhar que eles estavam bem”, contou um amigo da mulher.
O médico ficou bêbado e “apagou” no canteiro central da Avenida Ville Roy. Na oportunidade, a mulher recuperou o celular, trocou a senha, colocou o marido no carro retornou com ele para casa. Ainda segundo um amigo da vítima, quando o neurocirurgião acordou e percebeu que ela havia trocado a senha do celular, ficou transtornado.
“Ele tinha acesso a todo celular dela. E como ele estava controlando o celular, ela mudou a senha. Ele ficou transtornado quando descobriu que ela mudou a senha, gritava para ela querendo a senha do celular, gritava, gritava. Foi um momento que logo depois, ela ouviu um barulho de alguma coisa quebrando. Aí ela foi até ele perguntar o que foi e ele mostrou o celular dela todo quebrado. Foi quando começou toda aquela discussão”, detalhou.
Cansada da situação, a mulher decidiu pôr fim à relação, mas o médico não aceitou muito bem. Ela pediu para que ele fosse embora, mas ele se recusou. Ela então pegou as chaves do carro e, no momento em que tentava sair, ele se deitou atrás do veículo na tentativa de impedi-la. Nos vídeos de uma câmera de segurança divulgados nas redes sociais, é possível ver o momento.
“No momento em que ele entra no carro, que a gente vê no vídeo, que ela cai e ele pega ela e arrasta, que a imagem não dá para ver[…] ele enforcou ela até ela apagar. Ela apagou, ficou desmaiada. Foi o momento que a babá saiu, chamou os vizinhos e aí os vizinhos foram socorrer”, contou um familiar da fisioterapeuta.
O homem chegou a tentar pular o muro da casa dos vizinhos que abrigavam para tentar continuar a agressão. Mas logo ele foi preso.
Outra reviravolta na história acontece após o retorno da fisioterapeuta para casa após testemunhar na delegacia. O médico havia deixado o celular em casa e a mulher recebeu uma ligação do sogro através dele. O homem pediu para que ela entregasse o aparelho para ele.
“Ela achou aquilo muito estranho e perguntou para ele porque ele queria o celular dele, e o pai falou assim ‘porque tem que levar para a polícia, a polícia está pedindo […] e ela disse ‘não, se a policia está pedindo, eu vou levar”, narrou um familiar da vítima.
Diante da atitude do sogro, ela resolveu consultar o histórico de pesquisa do celular do marido. Lá, ela encontrou buscas sobre doses letais de medicamentos. O familiar da mulher disse que ela procurou por um amigo, que também é medico. Ele contou que, combinados, os remédios que o neurocirurgião havia pesquisado na internet poderiam causar uma parada cardiorrespiratória.
“Caso aplicasse, e ele em seguida aplicaria a insulina, a insulina ia mascarar a parada cardiorrespiratória, que seria pelo excesso de medicamentos”, revelou.
A maioria dos medicamentos que ela viu no histórico de pesquisas, inclusive a insulina, havia sido comprado pelo médico com uma receita em nome da vítima. O material estava dentro do porta-malas do homem, o que aumentou ainda mais as suspeitas da mulher de que ele planejava matá-la.
“Primeiro, ele querendo casar com comunhão universal de bens. Segundo, tentar demonstrar para as pessoas que eles estavam felizes publicamente. Terceiro, o medicamento que ele comprou junto com a insulina […] ele aleatoriamente ligava para os amigos dizendo que estava tudo bem […] ele ligou para um amigo deles, falou que o relacionamento estava maravilhoso, que estava tudo bem e que a única preocupação dele que [a fisioterapeuta] estava falando em suicídio’, o que ela disse que nunca falou, porque ela nunca teve essa tendência. Chegou a ligar para a mãe dela perguntando se estava tudo bem, dizendo que estava tudo maravilhoso com eles. Então ele estava montando um cenário”, relatou um familiar da vítima.
De acordo com os familiares da vítima, ela está em recuperação. Está fazendo tratamento. Como resultado das agressões, ela teve vários arranhões. Psicologicamente a mulher ainda sente muito medo, mas afirma estar se recuperando.
Fonte: Da Redação
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