A ex-prefeita Teresa Surita (MDB) se reuniu na noite desta terça-feira (5) com vereadores da base aliada do prefeito Arthur Henrique (MDB). Na ocasião, ela reforçou apoio ao gestor.
Conforme apurado pela reportagem, a ex-prefeita também reafirmou que pretende se candidatar ao Governo de Roraima em caso de eleição suplementar, mas que aguarda com tranquilidade a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Política se faz com grupo, coragem e lealdade. Nosso time segue alinhado para um futuro brilhante”, escreveu Teresa nas redes sociais.
Na foto que acompanha a frase da ex-gestora, ela aparece ao lado do prefeito Arthur e dos vereadores Adjalma Gonçalves (Solidariedade), Adnan Lima (PMB), Bruno Perez (MDB), Dr. Ilderson (PTB), Gildean Gari (Progressistas), Jullyerre Pablo (UB), Júlio Cézar Medeiros (PV), Leonel Oliveira (Solidariedade), Nilson Bispo (sem partido), Regiane Matos (MDB), Ruan Kenobby (PV), Subtenente Velton (União Brasil), Tuti Lopes (PL), Thiago Fogaça (PDT), Vavá do Thianguá (PSD) e Zélio Mota (MDB).
Com 16 parlamentares, este é o maior grupo de apoio já formado. “Eu me sinto muito à vontade no MDB. Estou no partido desde 2015 e na Câmara tenho buscando, junto a prefeitura, resolver todas as demandas da população. Acredito que nosso grupo ainda fará muito mais pelo Estado. Somos fortes e estamos unidos pelo bem das pessoas”, destacou o vereador Bruno Perez.
Teresa Surita
Nascida no interior de São Paulo, Teresa Surita chegou em Roraima em 1987 e iniciou o trabalho no estado como coordenadora de Ação Social no governo de Romero Jucá (MDB). Ela foi deputada federal por duas vezes e foi eleita prefeita da capital Boa Vista pela primeira vez em 1992, com 43% dos votos válidos.
Teresa foi a única mulher prefeita de capitais e a primeira política a gerir uma capital brasileira por cinco vezes. De acordo com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), a ex-prefeita terminou seu último mandato (2017-2020) com 83% de aprovação entre os boa-vistenses.
Entre outras realizações, Teresa Surita rendeu à cidade de Boa Vista o título de Capital da Primeira Infância, com a criação do programa Família que Acolhe (FQA) em 2013. A iniciativa já ganhou apoio e grandes parcerias como a da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Fundação Getúlio Vargas, Fundação Bernard Van Leer (Holanda), Avsi Brasil (ONG italiana), Universidades de São Paulo e de Harvard (EUA), Academia de Ciências de Nova York (EUA), Programa Saving Brains (Canadá), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), entre outras.
Em agosto do ano passado, a ex-prefeita foi homenageada na Câmara dos Deputados, onde recebeu a Medalha Amigo da Primeira Infância. A honraria é concedida a pessoas ou instituições que se destacaram pela contribuição ao desenvolvimento, atenção, proteção ou à garantia de direitos da primeira infância no país. Teresa concorreu com mais de 55 indicados de todo o Brasil.
Governo
Teresa Surita pretende voltar à política como governadora de Roraima. Em vários momentos ela já reafirmou a intenção de se candidatar ao cargo em caso de uma eleição suplementar.
É que o atual governador Antonio Denarium (Progressistas) já foi cassado três vezes pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR) e aguarda julgamento de um dos processos no Superior Tribunal Eleitoral (TSE). A maioria das acusações contra o gestor são de uso do dinheiro público como vantagem eleitoral em 2022.
Crise
Apesar da frase “Dinheiro tem, falta gestão” ter virado uma marca da campanha eleitoral de Denarium, Roraima hoje vive uma crise financeira. A situação foi exposta pelo secretário de Estado da Fazenda em setembro de 2023 e levou preocupação à população.
Após ter extrapolado o limite de gastos, o Governo do Estado exonerou vários comissionados e publicou decreto de contenção que proíbe a contratação de novos servidores, realização de concursos públicos, entre outras ações que implique no aumento de gastos.
Além disso, Denarium pediu um empréstimo de R$ 805,7 milhões que, segundo Projeto de Lei enviado à Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) e aprovada pelos deputados, serviria para Infraestrutura, Segurança, Saúde e Gestão e Economia.
Logo depois da terceira cassação, o gestor acionou o Superior Tribunal Federal (STF) para pedir urgência na obtenção do empréstimo. Quase 90% do valor deve ir para a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinf), comandada pelo vice-governador, Edilson Damião.
Fonte: Da Redação