Testemunha é conduzida à delegacia após mentir em oitiva da CPI da Grilagem de Terras na ALE

Homem era ouvido pelos deputados sobre sua participação na regularização de uma área denominada sítio Uberabinha 2, na Gleba Cauamé

Testemunha é conduzida à delegacia após mentir em oitiva da CPI da Grilagem de Terras na ALE
Testemunha sendo conduzida por policial militar – Foto: Reprodução

Uma testemunha foi conduzida à delegacia após supostamente mentir durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Grilagem de Terras realizada pela Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) nesta segunda-feira, 10.

Ele era ouvido pelos deputados sobre sua participação na regularização de uma área denominada sítio Uberabinha 2, na Gleba Cauamé. O homem alegou que atuou apenas como procurador do suposto dono, que ele afirma se chamar “Almiro”.

Ao ser perguntada se possuía bens declarados, a testemunha nega. Em seguida, o deputado Jorge Everton (União) questiona se ele já concorreu às eleições e o homem responde que sim. Com isso, o parlamentar apresenta um documento que mostra que ele declarou R$ 10 milhões ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR).

“Aqui consta que o senhor declarou o total de dez milhões e cento e oitenta mil. O senhor está mentindo pra gente ou pra Justiça Eleitoral? O senhor está pensando que aqui é brincadeira? O senhor está faltando com a verdade aqui para a CPI”, disse Everton.

O deputado pede que um policial militar acompanhe a testemunha até uma delegacia para prestar esclarecimentos e, posteriormente, encerra a sessão.

CPI da Grilagem de Terras

A Assembleia instaurou a CPI da Grilagem de Terras após denúncia encaminhada pelo Ministério Público de Contas (MPC), que solicitou o afastamento da presidente do Iteraima, Dilma Lindalva Pereira da Costa, acusada de grilagem e favorecimento indevido na regularização fundiária da Gleba Baliza.

A primeira reunião da Comissão aconteceu no dia 24 de fevereiro, em Rorainópolis, e contou com a presença de mais de 300 pessoas em frente à Câmara Municipal da cidade.

Na oportunidade, os deputados receberam uma série de denúncias que incluem destruição, tortura, bem como ameaças de morte.

Compõe a CPI os deputados Jorge Everton (União), como presidente; Armando Neto (PL), vice-presidente; Renato Silva (Podemos), relator; e os membros Marcinho Belota (PRTB), Chico Mozart (PRTB), Neto Loureiro (PMB) e, por fim, o presidente da ALE-RR, Soldado Sampaio (Republicanos).

Fonte: Da Redação

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