Federal
A Polícia Federal segue fazendo o seu papel em Roraima (mesmo que desagrade alguns) e o resultado das operações nas eleições deste ano já começou a fluir. Ontem, por exemplo, o presidente da Câmara de Boa Vista, Genilson Costa (Republicanos) foi novamente preso. A operação é um desdobramento da que ocorreu no dia 6 de outubro, quando os policiais o prenderam em flagrante com arma, dinheiro e ouro ilegal.
Muita gente
O esquema de compra de votos, conforme as investigações, envolveu muita gente. Desse modo, a PF cumpriu ontem 14 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão. Isso somente relacionado ao caso do vereador Genilson Costa. Segundo a Polícia Federal, há também pontos ainda mais preocupantes, pois de acordo com as investigações, Genilson teria recebido apoio do crime organizado. Inclusive para a eleição da mesa diretora.
Mais casos
Outros desdobramentos das ações da PF nas eleições foram Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) propostas pelo Ministério Público. O órgão divulgou nesta quinta-feira, 19, que solicitou a cassação de diplomas de Genilson Costa e Carol Dantas. Eles foram diplomados na terça-feira, 17. No caso de Genilson o motivo são os fatos já relatados. Mas no caso de Carol Dantas, o MP identificou abuso de uso de meios de comunicação na campanha.
Inelegibilidade
O MP também pediu a inelegibilidade de Sandro Baré e Juliana Garcia, que não foram reeleitos este ano. Os dois também foram alvos de ações da PF, nas quais os policiais encontraram dinheiro com eles, supostamente para compra de votos. A PF ainda prendeu os dois políticos em flagrante no dia das eleições. Lembrando que Juliana é sobrinha do governador Antonio Denarium e que Baré é irmão do ex-defensor-geral do Estado, Stelio Dener, que é deputado federal.
Articulações
Com a nova prisão de Genilson Costa, que era pretenso candidato à presidência da Câmara, o cenário sofre uma mudança. De acordo com fontes da coluna, se por acaso, ele possa se candidatar mesmo após a sua terceira prisão, os vereadores vão pedir que o voto seja aberto para que a população saiba (pois tem o direito) quem, votou em quem. Parece que o cenário n~]ao está nada positivo para Genilson.

