Conselho?
O governador Antonio Denarium (PP) criou recentemente o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial – CONSEPIR. Conforme a lei, aprovada pelos deputados e sancionada pelo governador no dia 12 de dezembro, o órgão colegiado é deliberativo e fiscalizador das ações governamentais, integrado, paritariamente, por representantes de órgãos públicos e de entidades da sociedade civil organizada.
Chamou indígenas de bichos
Mas o mais intrigante é que, em janeiro desse ano, em plena crise Yanomami que tomava as primeiras páginas de jornais do mundo inteiro, Denarium disse a um importante periódico brasileiro que os Yanomami “não podiam mais ficar na mata feito bichos”. A declaração rapidamente tomou grande repercussão e o Ministério Público Federal abriu processo, pois considerou a fala do gestor como racistas e potencialmente discriminatórias. Além disso, entendeu ainda que Denarium menosprezou a cultura dos Yanomami e seu modo tradicional de vida. É que o governador disse que os Yanomami “têm que se aculturar”. É óbvio que o governador faltou às aulas sobre cultura e também não conseguiu aprender muita coisa durante todo esse tempo à frente de um estado de imensa diversidade étnica e cultural como Roraima.
“Ginástica” para pagar pessoal
Conforme publicação no Diário Oficial (DOE), o Governo remanejou R$ 16 milhões de 27 entidades do Governo entre secretarias e fundos, para a Sesau. Essa verba servirá somente para pagamento de pessoal. Não é de hoje que o Estado vem fazendo essa “ginástica” financeira para honrar a folha de pagamento dos servidores. E a pergunta que fica é: onde foram parar aqueles quase R$ 2 bilhões que o governador tanto falava que tinha em caixa por fazer uma gestão austera e focada no desenvolvimento?
Remanejamentos
O Governo tem feito ainda outros remanejamentos de dinheiro entre as secretaria que têm chamado a atenção. Como por exemplo, tirou R$ 36,7 milhões da Amortização de Encargos de Financiamento da Dívida Interna e mandou para a conta do Pasep dos servidores, assim como para pagamento de sentenças judiciais. Já o dinheiro de excesso de arrecadação, o Governo tem mandado prioritariamente para as secretarias de grande porte e de grandes contratos como Saúde, Infraestrutura e Educação.