Balsa do Passarão começa a afundar e moradores da região ficam prejudicados

Embarcação, que atende moradores de 37 comunidades na região, está parada há mais de 10 dias, após apresentar problemas

Balsa do Passarão começa a afundar e moradores da região ficam prejudicados
Foto: Divulgação

Afundando

A Balsa do Passarão, assim como o governador Antonio Denarium, está afundando. Um leitor enviou vídeo para a coluna e informou que, aparentemente, o Governo não está dando importância para a situação. A balsa é o único meio de transporte entre Boa Vista e 37 comunidades do Baixo São Marcos. No começo desta semana, o Governo afirmou que, para suprir a população da região, acionou o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil para realizarem, de forma emergencial, a travessia dos moradores em embarcações de ambos os órgãos. Mas o problema é que a estrutura é insuficiente e não atende a demanda. Por conta disso, várias pessoas precisam pagar R$ 50 para atravessar de forma particular.

Por meio de nota, a Secretaria dos Povos Indígenas informou que a balsa antiga foi utilizada por mais de 40 anos e não possui mais condições para uso no trecho de rotina devido ao desgaste ocasionado pelo tempo. Então como medida de segurança, a balsa foi retirada do porto e colocada na parte lateral para permitir uma melhor logística de outras embarcações que utilizam o local para embarque e desembarque de passageiros.

Aluguel

De acordo com o próprio Governo do Estado, a Secretaria de Estado dos Povos Indígenas (Sepi) já providenciou um contrato de aluguel de uma outra balsa para operar temporariamente. E a balsa deve começar a funcionar nas próximas semanas.

Só promessa

O governador Antonio Denarium andou prometendo a construção de uma ponte na região para acabar de vez esse problema de mobilidade dos moradores da região do Passarão. Já existe, inclusive uma emenda parlamentar  de R$ 57 milhões para isso e mais R$ 20 milhões de contrapartida do Estado. No entanto, o governador condicionou a construção da ponte ao pedido de empréstimo de R$ 800 milhões. Ou seja, se já era difícil a solução desse problema, agora é que vai ser mesmo.

Dinheiro não falta

A gente sabe que a quantidade de obras amarradas ao empréstimo é só uma forma de justificar esse novo endividamento. Pois dinheiro é oque não falta no Governo do Estado. Exemplo disso é que, devido ao excesso de arrecadação, o governador enviou, no dia 23, R$ 16 milhões a mais para o Fundo Estadual de Saúde. E quem vai gerenciar esse dinheiro é a Sesau.

Nas mãos de Lorezon, Cerr não funciona, mas recebe milhões

Antonio Denarium também enviou R$ 2,1 milhões para a Companhia Energética de Roraima (Cerr), por excesso de arrecadação. A Companhia está há mais de um ano em fase de liquidação. E quem comanda por lá é a secretária de Saúde, Cecília Lorezon. Conforme o decreto que autorizou o repasse, a Cerr irá utilizar a verba em recursos humanos.

Mais dinheiro ainda

No mesmo dia, o governador também enviou R$ 5,3 milhões para o Fundo Especial do Poder Judiciário. E, do mesmo modo, o repasso aconteceu porque o Estado está arrecadando muito mais do que o que planejou. E como fica aquela história de que a arrecadação caiu e o Fundo de Participação dos Estados (FPE) teve redução?

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Francy Souza

Só sei dizer que o rombo nos cofres do Estado, está só aumentando!

José

Se eu não me engano o empréstimo aprovado por unanimidade na camara incluí a construção da dita ponte sabe engano!

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