Com medo de também perder o mandato, Hiran Gonçalves ameniza cassação de Denarium

Senador está envolvido em uma investigação judicial, juntamente com o governador e o vice que também pode terminar em perda de mandato; processo corre em segredo de justiça

Com medo de também perder o mandato, Hiran Gonçalves ameniza cassação de Denarium
Hiran Gonçalves (PP) – Foto: Divulgação

O senador Hiran Gonçalves (PP), amenizou a cassação do mandato do governador Antonio Denarium neste domingo (3). Ele concedeu entrevista a uma rádio local onde fez certos comentários que, inclusive, deixam subentendido que a Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) parece não ter feito um julgamento justo. Hiran sequer falou dos crimes eleitorais cometidos por Denarium que levaram à perda de seu mandato. Apenas colocou o governador como uma vítima e tentou fazer com que a população ache que o povo é quem perde se Denarium sair do cargo, como se não tivesse outra opção para Roraima.

Mas o que poucos sabem é o motivo pelo qual o senador está tão preocupado. É que ele foi um dos maiores beneficiados com a compra de votos feita por Denrium nas eleições do ano passado. Por conta disso, existe uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) no TRE-RR.

A Aije investiga crimes eleitorais cometidos pela chapa composta por Denarium, o vice, Edilson Damiao, assim como Hiran. E, conforme apurou o Roraima em Tempo, os crimes são graves. A ação corre em segredo de Justiça e, de acordo com fontes desta redação, pode entrar na pauta de julgamento a qualquer momento.

Medo de Hiran

Outro medo de Hiran é perder os contratos que sua empresa tem no Governo de Roraima. A firma está, estrategicamente, no nome de sua cunhada, a Geisa Baccarin.

Em 2022, por exemplo, o contrato da empresa com a Secretaria de Saúde era de R$ 6 milhões. No final do ano, a Sesau renovou o contrato por R$ 3,7 milhões.

Familiares no alto escalão do Governo

Além do contrato milionário na Sesau, Hiran também tem familiares nomeados no primeiro escalão do Governo e recebendo os maiores salários do Executivo. Sua esposa, Gerlane Baccarin, por exemplo, é secretária de Representação em Brasília com salário de R$ 29 mil.

Além disso, o filho de Hiran, o Hiranzinho, é secretário adjunto da Secidades e recebe a bagatela de R$ 24 mil mensais. E, por último, Juliano Bacarim, cunhado de Hiran, foi nomeado como secretário adjunto de Estado de Licitação e Contratação com salário também de R$ 24 mil.

Hiran tem ainda o tesoureiro de seu partido como titular da Secretaria de Estado da Gestão Estratégica e Administração (Segad). Anselmo Menezes, inclusive, assinou aquele pagamento de R$ 22,6 milhões a um empresário em acordo extrajudicial pela indenização do terreno onde funciona a Praça Renato Haddad.

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