Denúncia: suposta suspensão de cirurgias oncológicas no HGR aponta negligência na saúde do Estado

Defensoria investiga suposta suspensão de procedimentos que são questão de sobrevivência para pacientes que lutam contra o câncer

Denúncia: suposta suspensão de cirurgias oncológicas no HGR aponta negligência na saúde do Estado
Hospital Geral de Roraima – Foto: Secom

Saúde

O paciente Antonio José da Silva Lopes denunciou ao jornalismo da TV Imperial, afiliada da Rede Record, a longa espera de dois anos por tratamento cardíaco por meio do TFD (Tratamento Fora de Domicílio). Ele foi diagnosticado com taquicardia supraventricular — condição que provoca batimentos cardíacos mais acelerados do que o normal e impõe uma vida cheia de limitações.

Antonio é mais um exemplo de roraimense que depende da saúde pública do Estado para ter qualidade de vida. No entanto, até agora, não há previsão  (nem esperança) de que seu nome seja incluído na lista de beneficiários do TFD. Uma situação lamentável e desumana.

Investigação

A Defensoria Pública do Estado de Roraima (DPE-RR) instaurou um procedimento preparatório para apurar uma possível suspensão das cirurgias oncológicas no Hospital Geral de Roraima (HGR). A denúncia aponta que pacientes com câncer estariam sem acesso aos procedimentos cirúrgicos dentro do prazo estabelecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Importância

Em um estado onde a saúde pública vive no seu limite, adiar cirurgias oncológicas é mais do que descaso,  é desrespeito. Essas intervenções não podem ser tratadas como procedimentos de baixa urgência. A própria Defensoria Pública já declarou que o caso exige senso de urgência humanitária, pois envolve pacientes que enfrentam diariamente uma doença agressiva e progressiva. Eles não podem esperar pela boa vontade do Estado para continuar lutando pela vida.

Unimed em Roraima

E por falar em saúde…O Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR),  pediu o cumprimento imediato da decisão judicial que torna indisponíveis e bloqueia os bens dos ex-membros da diretoria da OPS Unimed-Fama, em Roraima, no valor de R$ 3,2 milhões. O bloqueio dos bens é uma uma resposta importante, ainda que tardia, diante do caos que se instalou na vida de mais dos usuários aqui em Roraima. Agora, resta torcer para que o valor bloqueado realmente se transforme em reembolso — e não apenas em mais um processo que se arrasta  na Justiça por anos.

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