Dinheiro na cueca: STF prorroga prazo de investigação contra Chico Rodrigues por mais 60 dias

Senador ainda não conseguiu provar origem do dinheiro encontrado em suas nádegas por policiais durante operação da Polícia Federal

Dinheiro na cueca: STF prorroga prazo de investigação contra Chico Rodrigues por mais 60 dias
Senador Chico Rodrigues é investigado por desvio de participar de um esquema do desvio de cerca de R$ 20 milhões na Saúde/Foto: Jane de Araújo/Agência Senado

O senador Chico Rodrigues (PSB), flagrado em 2020 pela Polícia Federal com dinheiro na cueca, ainda não conseguiu provar a origem dos R$ 33 mil. Nesta semana, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, renovou por 60 dias a investigação e autorizou diligências contra Rodrigues.

O senador até tentou arquivar o caso alegando que é investigado há muito tempo sem que sua culpa seja provada. O despacho de Barroso, no entanto, deixa claro que a coisa não é tão simples e que a situação do senador é delicada no Supremo.

“A apuração tem avançado para identificar as conexões do aludido parlamentar com os fatos em tese delituosos. Portanto, a continuidade da apuração mostra-se necessária para viabilizar a conclusão dessa averiguação, confirmando ou não a hipótese investigativa”, registra a decisão de Barroso.

“A hipótese sob investigação é complexa e está acompanhada de diversos documentos. Os supostos crimes praticados, bem como o número e a qualificação das pessoas potencialmente envolvidas também são fatores que exigem maior cuidado no exame dos elementos indiciários e, naturalmente, demandam tempo dilatado de análise pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República”, diz Barroso.

A PGR é ainda mais dura com o senador: “Cumpre mencionar que os documentos até então produzidos são aptos a demonstrar o potencial envolvimento do Senador da República Francisco Assis Rodrigues com a empresa Quantum Empreendimentos de Saúde Ltda. – EPP, bem como o favorecimento desta junto ao Ministério da Defesa; o suposto sobrepreço nos valores apresentados por ela e pela Haiplan Construções e Comércio e Serviços Ltda.; e a possível existência de servidoras públicas vinculadas ao investigado trabalhando no estrito interesse particular da empresa San Sebastian. Ademais, não restam dúvidas sobre a ocorrência da ocultação de valores da equipe policial durante as buscas realizadas na casa do congressista, cuja origem, salvo melhor juízo, não restou comprovada, em que pese o requerido afirmar se tratar de montante destinado ao pagamento de funcionários de empresa da família”.

Fonte: Veja

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