Em entrevista a uma rádio local neste domingo (9), o vice-governador de Roraima e secretário da Infraestrutura, Edilson Damião, afirmou que a reforma da Maternidade Nossa Senhora de Nazareth, que já dura há mais de 2 anos, deve ser concluída em fevereiro de 2024.
Com isso, a Prefeitura de Boa Vista corre o risco de perder R$ 5,2 milhões para a construção de um bloco administrativo no Hospital da Criança. Com o novo bloco, a Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) usaria o atual espaço administrativo para ampliar o número de leitos da unidade.
No entanto, o terreno para a construção do bloco está ocupado com o espaço provisório da Maternidade Nossa Senhora de Nazareth. Assim, a Prefeitura fica impossibilitada de iniciar a obra e pode perder a emenda parlamentar que tem validade até 25 de dezembro de 2023.
O município já realizou todo o processo de licitação, e falta apenas a libração do local por parte do Governo para o início da obra.
A emenda é fruto de articulação do presidente do MDB regional, Romero Jucá e da ex-deputada Maria Helena Veronese.
Entenda
Em 2020, a Prefeitura de Boa Vista cedeu o terreno para que Exército montar o Hospital de Campanha exclusivo para pacientes de Covid-19.
Entretanto, após desativar o hospital, o Exército passou o espaço para o Governo de Roraima, para que a Secretaria de Saúde instalasse a Maternidade.
Dessa forma, em 5 de junho de 2021, o Governo transferiu as pacientes para o local. O governador Antonio Denarium afirmou que a situação duraria apenas cinco meses, enquanto concluía a reforma do prédio da unidade.
No entanto, no próximo mês completam dois anos que a Maternidade funciona de forma improvisada no local. E a obra da maternidade segue sem previsão de conclusão.
Governo perdeu emenda de R$ 17 milhões para reforma
Vale lembrar que o Governo do Estado perdeu R$ 17 milhões em emendas parlamentares para a obra da Maternidade de Roraima.
O senador Mecias de Jesus (Republicanos), bem como o deputado federal Nicoletti (União) destinaram quatro emendas para a reforma e ampliação da unidade entre 2020 e 2021. No entanto, o Governo de Roraima não executou os recursos, que voltaram para a União.
No dia 3 de julho, o governador Antonio Denarium (PP) enviou mensagem governamental à Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), em que pediu a abertura de crédito especial no valor de R$ 15 milhões, autorizada pelos deputados logo no dia seguinte.