Prevenção zero
O momento crítico de estiagem em Roraima já era esperado. Muitos foram os anúncios de meteorologistas e de órgãos relacionados ao clima durante todo o ano passado. Mesmo assim, o Governo do Estado não mobilizou a Defesa Civil preventivamente. Nem mesmo o único órgão ambiental do Estado, a Femarh, desenvolveu nenhum trabalho de prevenção. E olha que este órgão recebe verba exclusivamente para isso. E tem uma diretoria de monitoramento ambiental para fiscalizar e monitorar. O salário de diretor, inclusive, custa R$ 25 mil ao bolso do contribuinte.
Livre de licitação
Para receber verba federal, o Governo decretou emergência em Roraima. Ou seja, deixou a situação perder o controle para tomar uma medida, exclusivamente com a intenção de receber verba. E com o decreto, o Governo ainda poderá fazer as compras sem licitação. Isso significa que vem uma nova enxurrada de contratos emergenciais e milionários. Para o bom entendedor, meia palavra basta.
Prisão
Para mostrar para o Governo Federal que está fazendo alguma coisa, o governador resolveu colocar a Polícia para investigar e prender pessoas que tocarem fogo de forma ilegal em Roraima. Sendo assim, na semana passada foi preso um tuxaua. Por enquanto, nada de prisão daqueles que tocam fogo em suas grandes terras e que são amigos do governador.
Preocupação
Recentemente, o governador deixou de ir à grande manifestação de apoio ao ex-presidente Bolsonaro em São Paulo, com a desculpa de que estava muito ocupado com a crítica situação de estiagem de Roraima. E isso, mesmo apesar de ter ido dois dias antes à posse de Flávio Dino no STF, com a desculpa de que é seu papel institucional. Pois bem. A manifestação de Bolsonaro passou, o fogo continua consumindo Roraima e Denarium com seu grupo politico não estão nem um pouco preocupados com isso.
Interesses próprios
Na verdade, a preocupação do grupo governista é a eleição para a Prefeitura de Boa Vista. Tanto que, enquanto Roraima literalmente pega fogo, o grupo voltava todo seu trabalho e dedicação para o lançamento da pré-candidatura de Catarina Guerra, que não foi à manifestação de Bolsonaro, mas já declara à imprensa que quer seu apoio. Qual é mesmo a preocupação do grupo de Denarium?