Enquanto Safadão leva R$ 1 milhão do Governo, servidores recebem decreto de contenção de gastos

Governador publicou decreto em que o Governo fica proibido de conceder reajustes salariais, assim como de convocar aprovados em concursos

Enquanto Safadão leva R$ 1 milhão do Governo, servidores recebem decreto de contenção de gastos
Governador Antonio Denarium durante Expoferr 2022 – Foto: Facebook

Show milionário

A crise no Governo de Roraima só existe para os servidores. Enquanto o governador publicou decreto de contenção de gastos, que atinge diretamente os funcionários públicos, liberou R$ 17 milhões para a realização da Expoferr. Isso porque o evento é voltado para o agro, setor esse em que o chefe do Executivo tem seus maiores investimentos. Por outro lado, com o decreto de ajuste fiscal, os servidores não podem receber reajuste salarial, assim como o Governo fica impedido de convocar novos servidores já aprovados em concurso, bem como realizar novos concursos. Mesmo assim, ainda tem muita gente que defende tudo isso.

Quem paga é o servidor

Todo mundo está careca de saber que quem paga o apto mesmo é o servidor. E a corda sempre começa a quebrar do lado mais fraco. Tanto que, servidores terceirizados já reclamam de falta de pagamento por parte do Governo. Assim está a situação de 50 funcionários de uma empresa que a Sesau contratou, mas não pagou. A empresa tem 5 meses de notas atrasadas e decidiu suspender os serviços em setembro. A secretária Cecília Lorezon não somente ignorou a decisão, como determinou a retirada dos servidores da empresa, assim como os equipamentos das unidades de saúde do Estado.

Governo de Lona

Dos mesmos criadores da Maternidade de Lona, veio aí as Escolas de Lona. A Secretaria de Estado da Educação (Seed) abriu nova licitação e pretende gastar R$ 8,2 milhões na contratação de uma empresa para fornecer estruturas no formato de salas de aula. O Governo justifica que há necessidade de ampliação da oferta de vagas da rede estadual de ensino. Em maio desse ano, a Secretaria de Educação contratou uma empresa para montar as ‘escolas de lona’ em sete escolas do Estado por R$ 1,3 milhão. Ou seja, em vez de investir em soluções permanentes, Denarium prefere gastar com aluguel de estruturas que, inclusive, foram alvo de diversas denúncias de pais de alunos.

Superlotação

A falta de vagas nas escolas estaduais é uma realidade em vários municípios de Roraima. Esse é o caso de Pacaraima. O Colégio Militarizado Cícero Vieira Neto tem uma crescente demanda de alunos devido a migração venezuelana. Documentos oficiais mostram que a unidade já ultrapassou, e muito, a capacidade máxima de estudantes matriculados. E o problema se estende desde 2019 e, até agora, o Governo nada fez para mudar essa situação. Por isso, o Ministério Público de Roraima emitiu recomendação para que o Estado amplie o colégio ou então construa uma nova unidade de ensino.

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