A ex-secretária de Saúde do Governo, Cecília Lorezon, poder ser presa a qualquer momento. O Jornalismo da Rádio 93 FM já vem dando essa notícia há vários meses no programa Rádio Verdade e nesta segunda-feira (5) outros veículos de imprensa também divulgaram.
De acordo com a 93 FM, há um pedido de prisão feito pela Polícia Federal e, a qualquer momento, o Tribunal Federal da 1ª Região (TRF1) pode emitir o mandado. Cecília foi alvo da Operação Higeia da PF na sexta-feira (2).
A operação cumpriu mais de 10 mandados de busca e apreensão em Roraima, Acre e Goiás, para complementar as investigações que apuram ações de uma organização criminosa, relacionada a contratos para cirurgias ortopédicas.
Mas, além dessa investigação, há várias outras na Secretaria de Saúde de Roraima (Sesau). Uma delas, que também chegou a ter operação, trata-se de suspeita de fraude em licitação para aquisição de produtos odontológicos para o Hospital Geral de Roraima (HGR). A PF apura ainda um esquema de bucomaxilos com cirurgias particulares envolvendo a estrutura do HGR.
Há ainda uma série de escândalos na Saúde de Roraima durante a passagem de Cecília Lorezon pela Sesau. O mais recente foi a divulgação das mortes de mais de 200 bebês em apenas um ano e meio na maternidade de lona. Não muito recente tem o caso dos três recém-nascidos que morreram na unidade por falta de diálise ou pelo procedimento feito de forma incorreta.
Ações de Tribunais de Contas na Sesau
A gestão de Cecília também foi alvo de auditoria geral do Tribunal de Contas da União em todos os processos licitatórios da Pasta. O TCU chegou a suspender o próprio contrato de R$ 33 milhões com a empresa de ortopedia, alvo da operação de sexta-feira passada.
Além disso, o Tribunal de Contas de Roraima (TCE-RR), também suspendeu dois processos licitatórios milionários. Um deles era a terceirização do HGR por R$ 430 milhões. Conforme auditores do TCE-RR, esse valor corresponde a quase R$ 40% do orçamento anual da Sesau.
O TCE também mandou suspender uma licitação orçada em R$ 117 milhões na Sesau. Cecília Lorezon pretendia contratar empresa de engenharia por R$ 117 milhões para fazer reparos nos prédios da secretaria. O Tribunal encontrou sobrepreço de R$ 48 milhões no processo.