Sem limite e sem noção
A campanha eleitoral chegou na reta final desse 1º turno. E candidatos mal assessorados começaram a exagerar nas fake news. Um exemplo disso é o programa veiculado ontem pela coligação de Antonio Denarium. A peça mostra imagens fortes de maus tratos e execução de animais. E, tão grave quanto isso, a coligação associou os crimes à Teresa Surita, principal adversária de Denarium. É muito importante a população refletir e começar a se perguntar o motivo de tanta apelação.
Aterrorizadas
A propaganda sem limite e sem noção acabou afetando quem não tem nada a ver com o pleito eleitoral. A propaganda é transmitida durante todo o dia. Assim, crianças que assistiram ficaram horrorizadas com a violência das imagens. Foram muitos os relatos de pais sobre a reação das crianças. Não é de se admirar. Imagine só uma criança assistindo desenho e do nada aparece imagens de animais sofrendo violência.
Fake news
Outro ponto grave nesse assunto é a divulgação de fake news. A prática tem se fortalecido a cada campanha. E, ao que tudo indica, a legislação eleitoral deve estar se preparando para um combate mais efetivo nas próximas eleições. Pois as fake news este ano ganharam muito espaço. E são capazes de prejudicar candidatos. Aqui em Roraima mesmo, o próprio governador do Estado já foi condenado por isso. E sua equipe de marketing segue cometendo o ato e debochando da Justiça.
Calote nos cabos eleitorais
Nesta terça-feira (20), vários cabos eleitorais procuraram esta redação para relatar a falta de pagamento de cerca de 50 pessoas pelos serviços prestados durante a campanha. E adivinha para quem? Para Denarium. Conforme eles, o candidato a deputado estadual Max Reis (PP) os contratou para trabalhar para ele, bem como para divulgar Denarium e Hiran Gonçalves (PP). Mas Denarium não cumpriu a sua parte. De acordo com o agente de campanha Agnaldo Martins, o pagamento era para ter ocorrido no dia 30 de agosto. Mas foi adiado para o dia 15 de setembro e até agora nada. Mas não é ele que se gaba de pagar os servidores em dia, apesar de não ser mais do que sua obrigação como gestor?
Calote no laboratório
Ele não pagou os 50 cabos eleitorais e também não quer pagar a dívida que tem com um laboratório de análises clínicas. O Governo do Estado deve R$ 2,5 milhões após uma condenação da Justiça, mas ele não ficou feliz com a decisão e preferiu recorrer ao pagar, sendo que a dívida atualizada era de quase R$ 4 milhões. Ou seja, o juiz deu uma aliviada, mas ele não se contentou com isso. É que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) contratou a empresa para a prestação de serviços de exames laboratoriais. No entanto, a firma não recebeu os valores contratados. Por isso, acionou a Justiça em julho de 2021, pois um ano antes, o próprio Estado tinha se comprometido a realizar o pagamento. O que não foi feito.
Recorreram
O ex-secretário de Saúde de Roraima Francisco Monteiro e o ex-servidor Francisvaldo Paixão, recorreram da sentença que os condenou a pagar um valor de quase R$ 800 mil de multa pela pela compra superfaturada de respiradores durante a pandemia da Covid-19. Conforme o parecer do Ministério Público Federal (MPF) assinado pela procuradora Andréa de Souza, Francisco e Francisvaldo cometeram improbidade administrativa, além de fraude ao realizar o pagamento antecipado de respiradores. O documento ainda cita que os argumentos feitos pela defesa de ambos para que recorram na sentença, são infindáveis.
Perguntas:
- Por que candidatos apelam tanto na reta final das eleições, em vez de aproveitarem os espaços na TV para apresentarem propostas?
- O que faz Denarium se arriscar tanto, cometendo irregularidades eleitorais e divulgando fake news?