Falta de vagas em blocos, pacientes em cadeiras e acompanhantes no chão: os problemas continuam na maternidade inaugurada às pressas

Depois de três anos de obra, é inadmissível que somente a reforma tenha sido entregue, enquanto a ampliação ainda está em andamento. Enquanto isso, as pacientes e, por tabela, as pessoas que trabalham no local, sofrem as consequências de uma má gestão

Falta de vagas em blocos, pacientes em cadeiras e acompanhantes no chão: os problemas continuam na maternidade inaugurada às pressas
Foto: Reprodução

Os problemas continuam

Desde que foi reinaugurada, a Maternidade Nossa Senhora de Nazareth vem sendo alvo de várias denúncias, o que não era mais para acontecer. O Roraima em Tempo recebeu um vídeo gravado na sexta-feira, 27, que mostra várias pacientes em cadeiras reclináveis em vez de leitos, um delas inclusive com o bebê recém-nascido no colo. Os acompanhantes, por sua vez, aparecem deitados ou sentados no chão. Eles deveriam ter o mínimo de conforto, já que alguns deles precisam dormir no local enquanto esperam a alta das pacientes!

Vagas

Depois de três anos de obra, é inadmissível que somente a reforma tenha sido entregue, enquanto a ampliação ainda está em andamento. Enquanto isso, as pacientes e, por tabela, as pessoas que trabalham no local, sofrem as consequências. Uma servidora da Maternidade Nossa Senhora de Nazareth entrou em contato com o Roraima em Tempo neste sábado, 28, para relatar falta de vagas em blocos da unidade e alimentação para várias pacientes e acompanhantes no local. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) sequer teve o trabalho de responder ao pedido de nota da reportagem.

Compra de votos

Hoje o dia começou mais cedo para algumas pessoas. Isso porque a Polícia Federal deflagrou uma operação nesta segunda-feira, 30, contra uma organização criminosa que articulava e executava um esquema de compra de votos durante as eleições municipais suplementares em Alto Alegre, ao Norte de Roraima. As investigações iniciaram a partir de materiais apreendidos em uma ação da Polícia Federal realizada em abril deste ano. Na ocasião, uma pessoa foi presa. E quem lembra do fatídico dia 25 de abril, quando o senador Mecias de Jesus e sua equipe foram abordados pela PF lá em Alto Alegre? A polícia chegou a apreender R$ 50 mil em notas de R$ 100 no carro do senador. Coincidência ou não, faltavam apenas três dias para o pleito suplementar.

Assédio moral 

Falta pouco para o início da contagem regressiva  da decisão para a escolha do representante que vai estar à frente da prefeitura de cada município. Além disso,  esse ano a população vota também para a escolha de vereadores.  E, com isso, o que mais se vê, é a movimentação de um determinado grupo político ‘empurrando’ goela abaixo, sua representante.

Já que Denarium e Catarina não tem trabalho para mostrar, o jeito foi usar do imoral artifício de sempre: assédio moral e eleitoral, conforme denúncia de servidores. Vejam só a situação: servidores do Colégio Militarizado Presidente Tancredo Neves, relataram que terceirizados, temporários e comissionados são obrigados a fazer campanha eleitoral e a participar, sob pena de demissão, de reuniões e bandeiradas de Catarina Guerra e da vereadora e candidata à reeleição Aline Rezende, mulher do deputado estadual e pertencente à base governista na Assembleia, Coronel Chagas.

Assédio moral 2

Outra denúncia enviada à esta coluna, relatou que o Comandante-Geral da Polícia Militar, Miramilton Goiano, suspostamente convocou policiais para falar de promoções para a categoria em uma reunião, no entanto, os profissionais se depararam com Catarina, Aline e Denarium. A denúncia também relatou que diretores dos colégios militarizados estão sendo pressionando os policiais lotados nesses colégios que participem de todas as reuniões de Aline e Catarina.

Quem aguenta?

É tanto assédio aos servidores, que a Justiça do trabalho até interviu em um dos casos. É que o diretor da Agência de Fomento do Estado de Roraima, Adailton Fernandes, exigia que os servidores em comissão participem das campanhas eleitorais da candidata do grupo governista. Além disso, exige que eles adesivem os seus veículos com propaganda eleitoral. Conforme o órgão, a recusa dos empregados era punida com a dispensa do cargo em comissão.  O órgão destacou uma lista de abstenções que caso o diretor não cumpra, será multado.

Pra todo mundo ver

Ao assumir o Governo, Denarium se escondeu atrás de um discurso de salvador da pátria. Disse até que abriria mão do próprio salário e com o passar do tempo ainda afirmou que tudo que Roraima precisava era de gestão pois dinheiro tinha. Agora, tudo o que se ver é um governador que estampas manchetes de jornais nacionais com escândalos que envolvem principalmente a saúde.

Tá, e o dinheiro? Um exemplo onde ele andou aplicando recurso público e que resultou na sua cassação, foi quando transferiu R$ 70 milhões somente para os municípios que apoiavam sua reeleição em 2022. E a gestão? De fato, nunca teve com Denarium no poder. Antonio finge não saber o que se passa nas secretarias e assim segue ignorando os problemas.

Manchete nacional

Ainda falando em noticias à nível nacional, se Denarium ignora o real cenário no qual se encontra,  a Justiça está aqui para esclarecer as situações que ele mesmo criou em conchavo com Cecília Lorezon.

A matéria publicada pela revista Veja na semana passada apontou uma suposta participação do governador de Roraima, Antonio Denarium (Progressistas), e da secretária de Saúde, Cecília Lorenzon, em um “esquema de corrupção” que consistiria no desvio de produtos destinados aos Yanomami e sua venda para benefício de integrantes da “quadrilha”. A reportagem relembra o caso, cita o marido de Cecilia e ainda diz que um dos investigados revelou que Denarium sabia de tudo o que acontecia na ocasião.

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