Governo tenta, mas não consegue desmentir a imprensa

O governo agora quer desmoralizar a imprensa para encobrir a renovação do decreto de calamidade, mas parece que o feitiço virou contra o feiticeiro

Governo tenta, mas não consegue desmentir a imprensa
Governador de Roraima, Antonio Denarium – Foto: Reprodução/Facebook/Antonio Denarium

Tentativa 1

O comportamento da assessoria do governo mudou drasticamente nos últimos dias. Com um tom mais agressivo, agora o Estado quer desmentir a imprensa. Anteriormente, eles desmentiam os pacientes que denunciam a falta de tudo na Saúde. Mas a nova estratégia do governo (nada inteligente) é desmoralizar a imprensa. Primeiramente, atacaram o Roraima em Tempo com um carimbo de fake news na matéria que denunciou o descaramento de Antonio Denarium em esticar o decreto de calamidade por causa da Covid-19 por mais um ano. Fizeram nota oficial e tudo. Acontece que a população não acredita mais em conversa fiada. Em gente que usa a comunicação para enganar o povo.

Tentativa 2

Com a repercussão negativa, o governo publicou uma nova nota oficial (muito mal feita) ontem (03). E novamente insistiu em afirmar que não se trata de um novo decreto, mas apenas do reconhecimento para 2022. Afiada, a população não poupou comentários. ” Vcs acham que o povo é bocó né? Uma ofensa essa nota, era melhor não ter se manifestado”, disse uma internauta. Mas também, não é para menos. O governo quer mesmo fazer o povo de besta. Sendo assim, vamos traduzir novamente o que a nota quer dizer: Denarium quer estender o decreto de calamidade pública até o fim deste ano. Ou seja, ele quer gastar dinheiro a rodo sem precisar prestar conta e sem se preocupar com as leis.

Ataque à imprensa

Se o governo acha que enfrentar a imprensa é uma boa ideia, então siga. Mas seguiremos como sempre fizemos: mostrando ao povo detalhes que o governo não passa. Foi graças ao trabalho da imprensa que a população ficou sabendo do envolvimento de Jalser Renier no sequestro de um jornalista. Foi pela divulgação de detalhes de um inquérito policial em que o próprio delegado-geral do governo atuou para atrapalhar. Mostramos isso também.

Prova maior

Enquanto o governo tenta desmentir a imprensa, os deputados se escondem para não votarem o projeto. Primeiramente porque eles sabem que não há necessidade que justifique a continuidade do decreto de calamidade. E segundo porque a população também está ciente disso. E terceiro porque todos sabem qual o verdadeiro motivo de o governo querer ter acesso ao dinheiro público sem fiscalização em ano de eleições. Tem deputado que até já enviou nota para a 93 FM informando que é contra a renovação do decreto. Enfim, vamos acompanhar e mostrar para a população até onde Denarium vai para aprovar esse pedido descarado na ALE-RR.

Cadê o MP-RR?

Uma pergunta que não quer calar: Cadê o Ministério Público nessa história toda? Não vai se manifestar? Não vai apurar a conduta do governo em ano de eleições. Vai deixar o Denarium gastar dinheiro público livremente sem fiscalização em ano de eleições? Será que é porque o marido da procuradora-geral tem cargo comissionado de R$ 20 mil na Codesaima? Quem fez a denúncia foi Jalser quando caiu atirando para todos os lados. Mas o Roraima em Tempo investigou e comprovou.

Desvio de finalidade de novo?

Ontem, o governo usou novamente as viaturas oficiais para entregar cestas básicas. Repetimos: EM ANO DE ELEIÇÃO. Esta já é a segunda vez que o governo faz isso e ninguém viu ainda o MP se pronunciar. O que mais se vê são os pré-candidatos do governo entregando as cestas e postando nas redes sociais. Até o delegado Herbert Amorim que pretende concorrer para deputado federal publica fotos entregando os alimentos. Dezenas de vídeos e fotos chegam à redação. São pessoas indignadas com o mal uso da máquina pública.

‘Supersalário’

Quem acha que só os médicos de Roraima são quem têm ‘supersalários, se engana. Ontem recebemos a informação de que a secretária de Saúde, Cecília Lorezom, recebe, além dos R$ 23 mil pela Sesau, mais R$ 5,7 mil pelo Conselho de Administração da Cerr. Conforme fontes, a remuneração como conselheira continua para que compense a troca de cargo da Cerr pela Sesau. E tem mais. Depois que a redação publicou a matéria sobre o assunto, novos contracheques de Cecília chegaram por aqui. Em janeiro, por exemplo, ela recebeu R$ 61 mil. Já em novembro, ele recebeu R$ 41 mil.

Enquanto isso…

Enquanto isso, os seletivados da Sesau terão seus direitos retirados. A secretaria não vai mais pagar férias e nem 13º salário a esses trabalhadores. Centenas de pais e mães de família que ficarão com recursos a amenos, enquanto a secretária fica com salário a mais. Afinal, dinheiro tem…

Perguntas

  • Por que Denarium insiste em explicar o inexplicável?
  • Por que o governo resolver atacar a imprensa?
  • O MP vai investigar a renovação do decreto de calamidade por causa da pandemia?

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