O Senado Federal concluiu nesta semana a votação de um projeto que regulamenta o pagamento de emendas parlamentares. Na última segunda-feira, 18, os senadores analisaram os destaques, ou seja, as mudanças no texto votadas separadamente. Durante a votação de uma delas, os senadores retiraram do texto original a obrigatoriedade de destinação de, no mínimo, 50% das emendas de comissão para ações e serviços de saúde, uma área de extrema importância.
O que chamou a atenção foi a posição do senador de Roraima, Hiran Gonçalves (Progressistas), sobre essa proposta em específico. O parlamentar, apesar de ser médico e ter prometido cuidar da vida das pessoas no Senado, não registrou voto. Ele estava presente na sessão, mas preferiu não votar sobre esse destaque.
Essa obrigatoriedade foi lamentavelmente retirada do texto pelo Senado. Por outro lado, a Câmara dos Deputados rejeitou essa decisão em votação no plenário na terça-feira, dia 19.
Para o deputado Elmar Nascimento (União-BA), relator do projeto na Casa, a retirada da obrigatoriedade do envio de pelo menos 50% das emendas de comissão para ações de Saúde iria “no sentido contrário do inegável mérito e da crescente demanda de recursos para aprimoramento e expansão” da área.
Enfim. O que esperar de um senador que foi eleito com apoio do governador Antonio Denarium (Progressistas)? O mesmo que manteve por mais de três anos uma maternidade de lona.
Também vale lembrar que Hiran Gonçalves já ganhou – e continua – milhões de reais do Governo de Denarium, que mantém um contrato com a clínica oftalmológica do senador.