Iminente
Jalser Renier está na iminência de perder o mandato. Apesar de tentar atrasar os trâmites da Subcomissão de Ética indicando 32 testemunhas, nada deu certo para ele. Pois a Subcomissão ouviu as que compareceram e deu condições para as que não puderam ir lá depor. Hoje o relator da Subcomissão irá fazer a leitura do relatório na Comissão de Ética. Este momento, será, sobretudo, um dos mais importantes. Pois a comissão irá aprovar ou não o documento e, caso aprove, irá encaminhá-lo para a Mesa Diretora.
Decisiva
A apreciação da Mesa Diretora da Assembleia será decisiva para o futuro político de Jalser. Os deputados da mesa, liderados por Soldado Sampaio, decidirão se colocarão a pauta em votação no plenário. Nesse momento a população verá qual deputado apoia ou não Renier. Será nesse momento que os deputados irão, pela primeira vez, encarar o julgamento popular.
Melhor defesa de Jalser é Lenir
Quem tem uma deputada Lenir Rodrigues como apoiadora não precisa de advogado. Ontem, nas oitivas da Subcomissão ficou nítida a defesa da parlamentar ao colega Jalser. Lenir tentou por mais de uma vez tumultuar os trabalhos. Até entrou com requerimento para fazer mudanças no regimento do código de ética parlamentar. Mas ela não contou com o apoio do deputado Evangelista Siqueira. Ele, assim como Jorge Everton foi contra. Nas perguntas a deputada também tentou mudar o rumo dos trabalhos. Ao ser chamada a atenção pelo relator, ela se irritou. Desse modo, Jorge Everton teve que ser mais duro e, finalmente, Lenir parou. Mas antes, ela ainda fez perguntas que se via claramente que queria buscar a inocência de Jalser.
Acusou Jorge Everton
Jalser parece estar decidido a levar os outros deputados com ele para o fundo do poço. Dessa forma, ontem ele acusou Jorge Everton de ter recebido propina dele. Indignado, Renier disse ainda um monte de palavrões com o relator da Subcomissão. Chamou Everton de “viadinho” e “mocinha”. Agressivo, Jalser teve que ser retirado do plenário. Ele se manteve assim durante todo o processo de oitivas.
Acusou governo
Desesperado, o parlamentar também acusou o Governo de Roraima. Ele disse que o Palácio do Governo é quem “orienta” Jorge Everton no processo de cassação. Sob o mesmo ponto de vista, Jalser também acusou a procuradora-geral do MP de prevaricação. Ele afirmou que ela não investiga os problemas do Governo nem da Assembleia. Esses problemas, conforme ele, são gafanhotos.
R$ 20 mil de salário para marido da procuradora
Jalser denunciou e a imprensa confirmou. Determinado em cair atirando, Renier também fez grave denúncia sobre a procuradora0geral, Janaína Carneiro. Ele disse que o marido dela tem cargo comissionado na Codesaima. O Roraima em Tempo apurou e constatou. Antes de mais nada, o esposo de Janaína, Rodrigo Ávila, realmente recebe R$ 20 mil pela Companhia. Ele ainda ganha R$ 580 de auxílio alimentação. Nada mal para um arquiteto. Enfim, questionados sobre o caso nem o governo, assim como a procuradora se manifestaram. Ou seja, quem cala…
Medo
É perceptível que os deputados têm medo do que Jalser pode fazer se tiver o mandato cassado. Por exemplo: na votação sobre mantê-lo preso em outubro passado, Yonne Pedroso, Betânia Almeida, Lenir Rodrigues, Xingú, bem como Odilon nem se quer compareceram à sessão. As justificativas foram as mais variadas. Teve até deputada que disse estar com problema de saúde, mas depois apareceu bem saudável. É importante a população acompanhar o comportamento de cada representante nesses momentos. Afinal, quem paga os salários dos nossos parlamentares?
Delegado candidato
O delegado Herbert Amorim, apontado nas investigações por tentativa de atrapalhar a apuração do caso Romano dos Anjos, também prestou depoimento na Subcomissão. Ele negou tudo. Mesmo com o depoimento do secretário de Segurança, Edison Prola, o delegado negou. Prola reafirmou que Herbert, acompanhado do adjunto, Eduardo Wayner, marcou um encontro. Então nesse encontro, pediu apoio de Prola para retirar o delegado João Evangelista do comando da força-tarefa. Em seguida, Herbert negou. Ele disse que pediu apoio para retirar da força-tarefa apenas um agente que é investigado na Corregedoria da Polícia Civil. Bom, se isso fosse motivo, ele também teria que ser retirado dos trabalhos, pois a Corregedoria abriu investigação para apurar sua tentativa de embaraçar a apuração do sequestro de Romano dos Anjos.
Perguntas:
- Por que Lenir defende tão instintivamente Jalser?
- Por que Herbert desmentiu Prola?
- E por que Jalser acusou o Governo de estar por trás da cassação de seu mandato?