Fiasco
Parece que Antonio Denarium (PP) virou o rei do fiasco. Depois de ser apontado como o principal responsável pela péssima recepção ao presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), que não ficou nada satisfeito com a falta de público, Denarium agora também pode ser culpado pelo fiasco no lançamento da candidatura de Hiran Gonçalves (PP) ao Senado.
Vazio
O evento que foi amplamente divulgado não empolgou nem os próprios secretários de Governo. Se Hiran esperava um amplo apoio popular, teve que se contentar com falas repetitivas de políticos da base de Denarium. O evento não reuniu nem 200 pessoas e a maioria estava ali nitidamente pra cumprir uma ordem do governador. E isso incluí, alguns servidores públicos deslocados do seu ambiente de trabalho para cumprir tabela no evento de Hiran.
Recadinho
O desespero em fazer parecer que Hiran tem apoio foi tão grande que o chefe da Casa Civil, Flamarion Portela teve que gravar um áudio quase implorando para que seus colegas secretários de Governo aparecessem no local. O áudio que vazou é circula nos grupos de WhatsApp mostra que Denarium e Hiran não conseguem nem mobilizar os seus.
Onde vive?
E quem acompanhou o discurso do deputado federal Hiran quer saber em que Estado ele vive? De forma muito infeliz, Hiran dedicou parte da sua fala para destacar avanços conquistados pelo Governo do Estado na área da saúde. Ou Hiran está muito desinformado ou realmente, ele não mora em Roraima. Denarium foi um fiasco na gestão da saúde. Mesmo nadando em dinheiro, ele não conseguiu organizar os serviços e o resultado é que Roraima detém um dos maiores índices de mortalidade durante a pandemia. As cirurgias eletivas estão atrasadas e até o TFD, Denarium deu conta de atrasar. A população não tem saúde. E Hiran, espantosamente, mesmo sendo médico, parece não conhecer a realidade de Roraima.
Inúteis
Aliás, a atual bancada federal de Roraima tem dois médicos: Hiran e Jhonatan de Jesus (Republicanos). Apesar de terem feito o juramento da profissão, os dois fecharam os olhos para o descaso e para todo os escândalos que envolvem a gestão da saúde estadual. Em Hiran e nem Jhonatan visitaram o Hospital Geral durante a pandemia. Nenhum dos dois olhou para o sofrimento das mães na Maternidade. Se não fosse o deputado federal Nicoletti (PSL), muitas denúncias não teriam chegado ao conhecimento público. Por outro lado, os dois médicos ignoraram o sofrimento da população.
Pianinho
Nessa história toda quem ficou pianinho foi o senador Telmário Mota (Pros). De acusador atroz de Denarium, o senador virou sei maior defensor nas redes sociais. Nos últimos meses, os dois andavam grudados e nem parecia que Telmário disse um dia que mandaria prender o governador, atribuindo a ele alcunha como a de agiota conforme registrado em vídeo pelo próprio senador. Até o último segundo, Telmário acreditou que seria o candidato se Denarium ao Senado Federal. Mas depois desse evento, ele teve que ficar pianinho e aceitar que ninguém quer a sua companhia.
Piu
Durante muitas horas, Telmário permaneceu sem dar nenhum piu sobre o lançamento de Hiran ao Senado. Porém, já no fim da tarde, ele gravou um vídeo curto com pouco mais de 20 segundos, onde direciona a sua artilharia para quem chama de “anão”. Quem conhece afirma que Telmário está chateado com seu colega de Casa Legislativa, o senador Mecias de Jesus (Republicanos). A confusão começou.
Chico gasolina
Esse apelido foi dado ao senador Chico Rodrigues (DEM) em 2006, quando ele ainda ocupava o cargo de deputado federal e foi citado no chamado escândalo das notas frias de combustível na Câmara Federal. Chico foi deputado federal por cinco vezes. Foi no seu quarto mandato que ele foi acusado de apresentar notas frias para ter o reembolso da cota de combustível. Na época, ele até admitiu o crime, mas o caso foi arquivado.
De novo
Esta semana, Chico voltou a ser notícia dessa vez, por conta de um levantamento da Operação Política Supervisionada que identificou gastos exorbitantes dr combustível entre os parlamentares. Destaca-se mais uma vez, a apresentação de documentos que apontam fraudes. No caso de Chico, os pedidos de reembolso superam em várias vezes, o valor de R$ 1,5 mil. O senador também apresentou notas de abastecimentos de até 400 litros. Em 2006, o que Chico embolsou mais de R$ 30 mil, valor que era suficiente para fazer 26 viagens ida e volta de Manaus a Porto Alegre. Agora, parece que ele repetiu a dose.
Perguntinha:
- O médico e deputado federal Hiran Gonçalves conhece a realidade dos pacientes do HGR?
- Quem vai querer apoiar Telmário Mota?
- Será que Chico Rodrigues também enfiou o dinheiro das notas frias de gasolina na ‘poupança’?
Pensamento do Dia
“A ocasião não faz o ladrão. Faz o roubo. O ladrão já nasce feito” – Machado de Assis