As mães, bebês e o fantasma do ‘tratamento de lona’ na maternidade
Uma jovem de 18 anos, grávida de dois meses, procurou a Maternidade de Roraima em busca de atendimento. No local, a paciente não encontrou cadeiras para se sentar, tendo que permanecer em pé durante o longo período, agravando a sua condição. O resultado é que ela perdeu a criança. Além disso, ela responsabilizou a Maternidade Nossa Senhora de Nazaré por negligência médica, tanto pela falta de atendimento imediato, quanto pela a falha na estrutura na unidade.
Ainda de acordo com a denúncia, a equipe médica da maternidade estava sobrecarregada, com apenas um profissional de plantão. Enquanto, isso, várias outras pacientes aguardavam atendimento de urgência. Após toda a longa espera na madrugada, no dia seguinte, depois das 10h da manhã, Jamily conseguiu fazer o exame de ultrassom, que confirmou o aborto. O resultado causo dor e desespero à jovem mãe.
E, esta é a realidade da maternidade do Estado, que pode até ter saído da estrutura improvisada de lonas, mas manteve o mesmo tratamento às mulheres que precisam de acolhimento.
Aluguel milionário
E a Prefeitura de Mucajaí, que abriu licitação de R$ 6,2 milhões para aluguel de veículos pelo prazo de 12 meses? O Ministério Público de Roraima instaurou procedimento para investigar possíveis irregularidades no edital, afinal estamos falando de dinheiro público envolvido. Importante e necessário a investigação.
Do mesmo jeito
E enquanto um município está preocupado em gastar com carros, o outro – Rorainópolis – está cuidando de fechar contratos de milhões com gastos de combustíveis. O prefeito de Rorainópolis, Pinto do Equador (Republicanos), contratou empresas par fornecimento de combustíveis por cerca de R$ 25 milhões.
Desse valor, R$ 7,1 milhões serão para atender a Secretaria Municipal de Educação; R$ 2 milhões para a Secretaria de Desenvolvimento Social; R$ 4,4 milhões para a Secretaria de Saúde. Há ainda a contratação de forma geral para as demais secretarias municipais no valor total de R$ 8.184.100,00.
Precariedade
O Ministério Público de Roraima ingressou com uma Ação Civil Pública contra o Governo do Estado e a Prefeitura de Alto Alegre devido à falta de estrutura na educação do município. A denúncia, protocolada no dia 28 de fevereiro, destaca a deficiência na contratação e lotação de professores, a ausência de profissionais especializados para alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e hiperatividade, além da falta de monitores no transporte escolar. Mais um capitulo da precariedade das escolas no interior de Roraima.

