Mesmo com alunos prejudicados, Governo consegue mais tempo para entregar reformas de escolas

Obras atrasadas em sete escolas mantêm estudantes longe de condições dignas para apreender conhecimento

Mesmo com alunos prejudicados, Governo consegue mais tempo para entregar reformas de escolas
Escola Elza Breves – Foto: TV Imperial

Demora

O Governo do Estado já deixou claro quais são suas prioridades e a educação, mais uma vez, ficou de fora dessa lista. O Ministério Público de Roraima (MPRR) estendeu por mais um ano o prazo para a conclusão da reforma de sete escolas estaduais. O motivo? O Governo do Estado simplesmente não cumpriu o prazo de 18 meses firmado nos TACs – Termos de Ajustamento de Conduta.

Prazo estendido

Na prática, isso significa que o Estado recebeu o complacente prazo de dois anos e meio para entregar obras que já deveriam ter sido prioridade há muito tempo. E não estamos falando de retoques ou pintura. São escolas com estrutura comprometida, sem acessibilidade, conforto ou segurança mínima para alunos e professores. Espaços onde já houve protestos, denúncias de abandono e promessas que nunca saíram do papel. Afinal, o que mais precisa acontecer para que a educação seja, de fato, tratada com seriedade? Não dá para normalizar a má gestão disfarçada de burocracia. Reforma de escola não é presente de gestão, é obrigação.

Limpeza milionária

A Prefeitura de Pacaraima decidiu investir mais de R$ 2 milhões para a limpeza de fossas e esgotamento. O mais curioso é que a empresa vencedora não aponta nenhuma especialidade em saneamento, mas sim  registrada como comércio de produtos médicos. Um detalhe que, no mínimo, merece atenção dos órgãos de controle. Até porque é dever da gestão pública prestar contas, e da sociedade, cobrar. Cada centavo precisa ser tratado como investimento no que realmente importa e não como cheque em branco para contratos milionários suspeitos.

Direitos

O MPRR  instaurou inquérito civil para investigar o motivo da Prefeitura do Cantá até agora não ter implantado o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, um órgão essencial para garantir a participação social e o acompanhamento das políticas públicas voltadas a esse grupo. Lembrando que o Conselho é um direito previsto em lei e uma ferramenta fundamental para dar voz  às pessoas com deficiência, que enfrentam barreiras desde o transporte até o acesso à saúde e educação.

Da Redação

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