Morte no prédio recém-inaugurado
A notícia da morte de um bebê na recém-inaugurada Maternidade Nossa Senhora de Nazareth movimentou a internet nas últimas semanas. A denúncia do pai da criança e marido da paciente era de que o óbito teria acontecido por falta de oxigênio na unidade, o que gerou questionamentos à população. Por que inaugurar o prédio se ainda não possui estrutura para atender as mães e recém-nascidos?
Mais uma triste notícia
Logo após a cesárea de emergência, Carmen Elisa Emiliano de Assis Silva foi transferida para o Hospital Geral de Roraima, onde morreu neste sábado, 21. Anteriormente, o Roraima em Tempo chegou a questionar a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) sobre o porquê de ela ter sido transferida para o HGR, visto que o governador Antonio Denarium (Progressistas) afirmou durante a entrega da reforma, no dia 6 de setembro, que o novo prédio conta com cinco leitos de UTI materna. A pasta se calou diante do questionamento.
Denúncias
A maternidade, que demorou três anos para ser concluída e, ainda assim, inaugurada às pressas, tem causado vários transtornos para quem necessita dos serviços da unidade. No dia 13 de setembro, uma semana após a inauguração, a filha de uma paciente procurou o Roraima em Tempo para reclamar da falta de conforto para os acompanhantes que, segundo a mulher, precisava aguardar pela alta das pacientes em uma cadeira de plástico. Quatro dias depois, outra denunciante relatou que, à noite, muitos precisavam forrar o chão para conseguir dormir. Até denúncias sobre falta de água e energia na unidade também chegaram à reportagem. Lamentável que após anos de espera, as mulheres ainda precisem passar por isso.
Enquanto isso…
Enquanto fatalidades como essa acontecem dentro da maternidade do Governo, uma certa deputada até chora discursando ao falar sobre como ajudará mães e crianças se vencer as eleições para a Prefeitura de Boa Vista. Mas a realidade que todos sabem é só uma: que, enquanto deputada, ela nunca deu uma palavra sequer sobre os anos de atraso na entrega da obra da maternidade e nem sobre as mortes de dezenas de bebês na ‘maternidade de lona’.
Balsa do Passarão
A nova Balsa do Passarão, inaugurada há dois meses, quebrou mais uma vez na última quinta-feira, 19. A embarcação foi entregue no dia 13 de julho. O irônico é que, na ocasião, o governador Antonio Denarium (Progressistas) fez uma publicação em suas redes sociais onde destacou: “balsa quebrada nunca mais!”. Seria cômico se não fosse trágico, visto que dezenas de pessoas são afetadas com esse problema. Moradores de cerca de 40 comunidades na região dependem da balsa para terem acesso à zona urbana. No entanto, eles acabam enfrentando várias dificuldades com a embarcação, que quebra com certa frequência. O Governo do Estado já até chegou a alugar uma balsa por R$ 2,2 milhões em janeiro deste ano, enquanto a nova estava a caminho. Mas, em um intervalo de 40 dias, a mesma quebrou pelo menos três vezes.