O Governo Denarium e a demissão desenfreada de servidores concursados

Governador exonerou cerca de 70 servidores efetivos da Educação e da Polícia Civil; um dos servidores já conseguiu reverter a demissão na Justiça

O Governo Denarium e a demissão desenfreada de servidores concursados
Antonio Denarium – Foto: Reprodução/Redes Sociais

Efetivos exonerados

O governador Antonio Denarium exonerou 14 policiais penais concursados da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc). As exonerações estão no Diário Oficial do Estado. No dia 9 de maio Denarium já havia demitido 28 servidores efetivos da Educação. Cinco dias depois, exonerou mais 50 da Educação e da Polícia Civil. Com isso, o número de servidores concursados do Governo somente neste ano chega a quase 100.

Perseguição

O servidor Antonio Rafael, que atua na Desenvolve-RR (agência de fomento do Governo), já foi exonerado duas vezes. E nas duas vezes ele conseguiu reverter a situação na Justiça. As exonerações ocorreram depois que ele denunciou assédio moral por parte do presidente da instituição, Adailton Fernandes. Esse e outros motivos foram considerados para a decisão judicial. Se todos os servidores procurassem seus direitos na Justiça, a realidade seria bem diferente.

Amigos de sempre

Adailton Fernandes é amigo de sempre de Denarium e ambos têm pensamento igual sobre servidores. Os dois f0ram colegas de trabalho quando atuavam em um, banco em Boa Vista. Por conta disso que Denarium convidou Adailton para presidir a agência de fomento do Governo que funciona como um banco público, mas apenas na modalidade de empréstimos para impulsionar setores importantes para a economia como o do comércio.

Recesso

A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR)  realizou a última sessão desse semestre na quarta-feira (3). Os deputados retomam os trabalhos daqui a um mês. E como resultado, a formação da comissão de deputados que vai avaliar o processo de impeachment do governador Antonio Denarium ficou para o próximo mês. Dessa forma, Denarium tem agora um mês para usar suas “armas” para convencer os deputados a não cassarem seu mandato. Assim como ele os convenceu a votarem na sua esposa para o cargo de conselheira do Tribunal de Contas de Roraima (TCE-RR).

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