‘Pão e circo’ no interior: enquanto prefeituras priorizam comemorações e festejos, população segue sem respostas para problemas na educação e infraestrutura

Diariamente, a imprensa noticia o total descaso com a educação, saúde e com a infraestrutura das estradas do interior. Mas o Governo de Roraima junto com seus aliados políticos fazem diversos planos para o dinheiro público baseado naquilo que parecem julgar prioridade: festas

‘Pão e circo’ no interior: enquanto prefeituras priorizam comemorações e festejos, população segue sem respostas para problemas na educação e infraestrutura
Imagem gerada por Inteligência Artificial

Pra festejar, tem!

Enquanto a imprensa noticia o total descaso com a educação, saúde e com a infraestrutura das estradas do interior, o Governo de Roraima junto com seus aliados políticos fazem diversos planos para o dinheiro público baseado naquilo que julgam como prioridade: festejos. É que contas em Diário Oficial do Estado, que Bonfim recebeu cerca de R$ 2,7 milhões para o “XXXIII Festejo de Bonfim”.

Pra festejar, tem! Parte 2

Quem também está bastante empenhado em garantir atrações para grandes festas com o dinheiro do próprio povo este ano, é a Prefeitura de Rorainópolis. Sim, aquele mesmo município onde existem escolas com alunos vivenciando o medo por conta de estruturas cheias de rachaduras cuja responsabilidade do prédio também é do Governo de Roraima.

Por lá, a Prefeitura vai pagar R$ 710 mil para contratar os shows da banda Calcinha Preta e do cantor Frank Aguiar, que vão se apresentar em dois eventos culturais distintos da cidade neste ano. Enfim, como esta coluna disse; prioridades, são prioridades.

Escolas Indígenas

Ainda falando no interior, qual será o problema do Governo de Roraima que não fiscaliza de fato o que acontece com as escolas indígenas? É que as merendeiras que trabalham na Escola Estadual Indígena Nossa Senhora da Consolata denunciaram à reportagem, atraso de quase dois meses nos salários. As profissionais são terceirizadas e relataram que ao entrar em contato com a empresa, não existe sequer uma resposta, apenas promessas. Elas também reclamam que a secretaria de Educação cobra fotos para verificar se de fato estão trabalhando, mas ninguém se posiciona para verificar o motivo dos atrasos para o recebimento do salário. Situação complicada!

Mais denúncias 

Há relatos de que na Escola Municipal Maria Lurdes, na Vila Félix Pinto, no Cantá, os alunos estão saindo por volta das 10h. O motivo é que não há professores e nem cuidadores. Além disso, os estudantes não teriam recebido o fardamento.

E dinheiro tem sim! A reportagem mostrou que a Prefeitura do Cantá, vai gastar R$ 1,2 milhão na contratação de empresa para aluguel de veículos. Mais uma vez, prioridades no interior de Roraima.

Política do pão e circo

A política do pão e circo continua sendo uma ferramenta  das gestões municipais. Enquanto serviços essenciais como saúde, educação e infraestrutura são negligenciados, os gestores investem recursos em ações que, apesar de populares, não resolvem os problemas estruturais das cidades.

Enquanto isso, a população sofre com as negligências. Vale lembrar que o problema não está  na realização das festas com momentos de lazer para a população. A questão é por vezes, existe o abandono de escolas, hospitais…E falta de valorização dos profissionais que fazem a grande máquina girar. Fatos esses comprovados por série de denúncias.

Ilusão do progresso

Se o cidadão aceitar esse modelo de fazer política, os gestores vão permanecer fechando os olhos para as outras responsabilidades. Afinal quanto vale a vida de cada um que paga seus impostos? De certo que a balança que o poder público usa para medir este valor no mínimo está alterada pela ganância.

 

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