Secretária de Educação teve que ceder e colocar gestor de volta em escola do Manoá

O respeito aos povos indígenas vai muito além de oferecer estudo. É ter a consciência de que eles têm seus direitos garantidos. E que esses direitos foram conquistados com lutas, com sangue, com vidas perdidas em combate

Secretária de Educação teve que ceder e colocar gestor de volta em escola do Manoá
Reunião com moradores da comunidade de Manoá – Foto: Divulgação/Seed

Teve que ceder

Depois de constranger, intimidar, ameaçar e cumprir as ameaças, a secretária de Educação e cunhada do governador Antonio Denarium, a Leila Perussolo resolveu colocar o diretor da escola da Comunidade Manoá de volta ao cargo. A exoneração do gestor foi uma verdadeira falta de respeito aos povos indígenas. Eles têm a prerrogativa de escolher quem dirige as escolas indígenas. É uma questão de organização social dentro da cultura desses povos e deve ser respeitada.

Não resolveu

Apesar de demitir o diretor que não tinha culpa da ingerência da Seed, a secretária Leila Perussolo não resolveu o problema dos alunos. Eles continuam sem um local adequado para estudar. Na segunda-feira (21), a redação recebeu a imagem deles estudando embaixo de um cajueiro. Ontem, em reunião na comunidade, Leila disse que não sabia da realidade da escola. Ou seja, primeiro ela demitiu o diretor para parecer que a culpa era dele. Em seguida pediu retratação, mas ele se negou. Depois de protestos e 2 cartas de repúdio, colocou o gestor de volta ao cargo, mas disse que não sabia da realidade da escola. Enfim, não assumiu a responsabilidade. E só colocou o gestor de volta ao cargo pela pressão.

Muito além

É importante ressaltar para Denarium, Leila, bem como para o Estado, que o respeito aos povos indígenas vai muito além de oferecer estudo. É ter a consciência de que eles têm seus direitos garantidos. E que esses direitos foram conquistados com lutas, com sangue, com vidas perdidas em combate. Ninguém chegou aos indígenas de Roraima e entregou uma livro com direitos prontos para usufruto. Um governador que não respeita uma grande parcela da população não merece ser representante dela. Além disso, não adianta nada uma secretária de Educação com um currículo lattes impecável, com mestrado e doutorado fora do país, mas que não respeita sequer os povos dos quais ela e sua família se originaram.

Reunião ou concluio?

Na sexta-feira passada, o vereador Gabriel Mota publicou uma foto com o governador Antonio Denarium e outros 9 vereadores de Boa Vista. Também está no registro o secretário de Infraestrutura, aquele que não consegue arrumar as vicinais do interior. A reunião ocorreu após o vereador Guarda Julyerre publicar vídeo atacando o Roraima em Tempo e toda a imprensa local. Ele ficou incomodado de aparecer em uma foto publicada em uma reportagem. Mas qual será o motivo dessa reunião? O fato é que sempre que os vereadores se reúnem com Denarium, eles aprontam algo para prejudicar a gestão da prefeitura. É que, além de não ter a mesma gestão, organização, assim como o planejamento da gestão municipal, Denarium ainda tem medo, sobretudo, de perder as eleições desse ano para a Teresa Surita.

Maria da Penha

Quem estava na reunião também era o vereador Ruan Kenoby. Aquele que a esposa o denunciou após ele espancá-la. As imagens que vazaram na internet são assustadoras. Como resultado, a mulher ficou com o rosto desfigurado. Ela registrou o caso na delegacia, no entanto, misteriosamente, voltou lá e disse que ela foi ela quem bateu em Kenoby. Além disso, depois de o caso vazar para a imprensa, a redação conseguiu contato com a mulher, mas era um homem que atendia às chamadas. Ele se dizia pai dela e se identificava com um nome diferente do nome do pai dela registrado no B.O.

Regalias

De acordo com o MP, presos do Comando de Policiamento da Capital podem estar tendo regalias. O órgão até já pediu providências à Justiça, mas parece que nada foi feito. Se tivesse sido, o policial Bruno Inforzato, preso por suspeita de envolvimento no sequestro do jornalista Romano dos Anjos, não teria fugido. De acordo com informações recebidas na redação, os presos do caso Romano têm acesso a celular e até mesmo a pedido de comida por meio de delivery. Conforme fontes, as regalias vão além dessas e o caso pode ser mais sério do que se imagina. O que deixa a população estarrecida é que o trabalho da força-tarefa criada para esclarecer o caso fica jogado no lixo. Porque não adianta nada o delegado João Evangelista ter enfrentado todos os percalços que enfrentou para no final os presos receberem benefícios a ponto de fugirem de um quartel da PM.

Perguntas

  • O que mais Denarium vai fazer para desrespeitar s direitos indígenas em Roraima?
  • Qual o motivo das intimidações

 

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