Palanque
Os deputados estão há uma semana sem votar a Ordem do Dia na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). Nesta terça-feira, por exemplo, a sessão foi transformada em palanque de campanha eleitoral, onde parlamentares usaram a tribuna para promover Catarina Guerra, que pretende se candidatar à Prefeitura de Boa Vista. Vários vetos e Projetos de Lei ficaram para depois. Inclusive aquele Projeto pelo qual o governador Antonio Denarium pretende dar ‘superpoderes’ ao controlador-geral do Estado, Régys Freitas, que é investigado pela Polícia Federal.
Dignidade
Catarina parece até que foi treinada para um discurso manjado, desses que todo mundo já sabe que é apenas promessa de campanha. Ela que disse Boa Vista precisa de avanços que vão retomar a dignidade. A qual dignidade ela se refere? O governador que ela apoia e que está apoiando ela, mantém a maternidade funcionando sob lonas em Boa Vista. E ela como deputada, eleita para cobrar e fiscalizar nunca se manifestou em apoio às gestantes que ali são tratadas sem a menor dignidade.
Silêncio
Catarina também se manteve em silêncio quando toda a imprensa revelou que mais de 300 recém-nascidos já morreram embaixo daquelas lonas. As denúncias são praticamente diárias de gestantes e familiares relatando baratas, ratos nas dependência da maternidade, assim como mosca nas refeições. E o que Catarina fez? Ela foi lá fiscalizar e cobrar o governador pela dignidade daquelas pacientes?
Verdade
A verdade é que Catarina e esse grupo político que está com os pés e as mãos dentro do Governo, nunca deram prioridade ao que realmente faz diferença. E agora que estão com esse projeto político, aparecem com discursos demagogos para enganar a população. Repetindo a mesma historinha de sempre e que, inclusive, aconteceu na campanha passada para o Governo em que Denarium prometeu mundos e fundos e o que se vê é somente escândalos atrás de escândalos.
Redução de gastos
Outro ponto comentado pela parlamentar na Assembleia foi sobre reduzir gastos desnecessários. Seria coerente ela mostrar o que ela fez como deputada para convencer o governador de que a terceirização do HGR por R$ 430 milhões. A contratação é tão absurda que foi cancelada pelo Tribunal de Contas. Além disso, Catarina pelo menos se posicionou contra a contratação do Governo, também suspensa pelo TCE, onde havia um sobre preço de mais de 45 milhões? Então, se Catarina não fez o mínimo do seu trabalho como deputada, o que ela poderia ter para contribuir como prefeita? É como diz o próprio povo em todas as eleições: “é só discurso”.