Só existe coronavírus no governo para decretar calamidade pública

Apesar de não ter mais pacientes internados nas unidades do governo por Covid-19, o decreto de calamidade devido à pandemia segue firme e forte no governo. Para que?

Só existe coronavírus no governo para decretar calamidade pública

Não acaba

A pandemia está acabando e Denarium segue com o decreto de calamidade devido aos impactos. Nessa terça-feira (29) o HGR não registrou nenhuma internação nas UTIs. Do mesmo modo, o hospital também não tem nenhuma pessoa internada em leito clínico pela doença. Ao todo, Roraima registrou apenas 45 casos de Covid. Mas, segundo Denarium e os deputados estaduais, o estado continua em estado de calamidade pública. Muito conveniente. Para Denarium, que nunca respeitou as regras de prevenção da Covid, como o uso de máscara, por exemplo, é conveniente decretar calamidade para gastar dinheiro público de forma rápida. Um dos principais motivos é a distribuição de cestas básicas. Inclusive, ele faz questão de entregar a cesta e registrar a foto. Por que o objetivo dele não é proporcionar alimentação às pessoas vulneráveis. Mas utilizar as imagens da entrega para se promover. Para fazer as pessoas acreditarem que ele é bom.

Jogada

Além disso, o governador e os deputados tentaram enganar a população ao afirmar que não se tratava de um novo decreto de calamidade, mas do reconhecimento para 2022. Eles ainda colocaram carimbo de fake news na matéria do Roraima em Tempo em uma tentativa fracassada de desmentir a imprensa. Contudo, não funcionou. A imprensa acompanhou e divulgou a votação do projeto na Assembleia. E quem perdeu a credibilidade foi o governo. Pois, ao final, os roraimenses focaram sabendo o verdadeiro motivo do decreto: gastança de dinheiro público em ano de eleições.

Só lembrando

Só lembrando que a pandemia só existiu para o governo quando se tratava de dinheiro. Um exemplo disso foi a compra dos respiradores. Como por exemplo também, a compra superfaturada de EPIs. O governo queria comprar máscaras de R$ 47. Dessa forma, virou alvo da CPI da Saúde. A PF também encontrou Chico Rodrigues com dinheiro supostamente da Covid na cueca. O governo recebeu R$ 5 bilhões só em 2020 para enfrentamento da Covid. Além disso, cestas básicas compradas com dinheiro da Covid foram objeto de marketing. Por outro lado, o governador sempre foi registrado sem máscara. Também promoveu aglomerações durante toda a pandemia. Sobretudo nos municípios do interior onde entregava cestas básicas em reuniões com mais de mil pessoas. Enquanto isso, milhares de pessoas morreram no HGR sem a assistência necessária. Faltava remédio, máscara, profissionais. Enfim. o coronavírus só existe quando se fala em dinheiro.

Desespero

Como disse um grande profissional da comunicação de Roraima: quando o político está desesperado para ser reeleito, ele é capaz de vender a mãe e ainda entregar embrulhada para presente. É exatamente isso que se vê nas atitudes de Denarium. De dezembro para cá ele tem criado milhares de comissionados para acomodar indicações em troca de apoio político. Da  mesma forma, ele está resolvendo todos os problemas pelos quais nunca se preocupou nesses anos de gestão. O governador até começou a valorizar funcionário público. Passou três anos guardando dinheiro, mas nunca deu o reajuste dos servidores. No entanto, às vésperas de se candidatar para a reeleição, concedeu um, aumento que não cobre nem a metade da defasagem salarial. Por isso, os servidores da Saúde e da Educação se mobilizam para protestar e pedir o reajuste justo.

Fake news

Outra atitude desesperada do grupo governista é a montagem de um exército de disseminadores de fake news. Na segunda-feira, inclusive, dia do evento de filiações do partido de Teresa Surita (MDB), principal concorrente de Denarium, o já conhecido em Roraima por vendas ilegais de terrenos, gravou vídeo para dizer que Teresa seria candidata ao senado devido a suposta queda em pesquisa. Ele, que não só é próximo do presidente da Assembleia,  Soldado Sampaio (Republicanos), como é servidor da Casa Legislativa, ainda disse que Romero Jucá teria desistido da candidatura a senador para concorrer ao cargo de deputado federal. E adivinha quanto é o salário de Faradilson na Assembleia? Exatos R$ 10 mil. Enquanto isso, profissionais que estudaram e desempenham um trabalho digno, em vez de gravar e espalhar fake news, recebem menos da metade do salário de Faradilson. Como disse um seguidor: a Assembleia de Roraima não é para amadores.

Não trabalham

Os deputados estaduais só trabalharam duas vezes este ano. Os parlamentares entraram em recesso em dezembro de 2021 e retornaram aos trabalhos no dia 15 de fevereiro. Mas poucas sessões aconteceram. Nas duas últimas semanas, só ocorreu uma sessão. Nos outros dias não houve quórum. Ontem os deputados apareceram por lá e votaram aumento de salários de comissionados do governo. Além disso, também votaram a extinção da Cerr. Enfim, eles só aparecem para votar projetos de interesse político de Denarium. Os de interesse da população vão ficando acumulados na Casa. E olha que a ALE-RR contratou uma empresa por R$ 232 mil para fornecer café, chá, biscoitos e outros produtos. Só lembrando que esse dinheiro sai do bolso do povo.

Só cassaram Jalser e aprovaram calamidade de Covid

Para não dizer que os deputados não fizeram nada esse ano, entre as poucas coisas eles cassaram o Jalser e aprovaram o decreto de calamidade por Covid que Denarium pediu. Isso porque as duas coisas são de interesse dos deputados e do governador. Nesta quarta-feira (30) haviam 14 projetos a serem avaliados na ordem do dia. Como não são de interesse de Denarium…

Dinheiro tem…

Ontem (29) a diretora desta redação foi até o Coronel Mota marcar um retorno com um endocrinologista. Mas ao chegar na unidade recebeu a informação de que teria que retornar na madrugada da terça-feira da próxima semana para pegar uma senha, para então tentar marcar a consulta. Na direção foi informada de que não tem profissionais suficientes para atender a população, por isso o motivo da senha. Ou seja, mesmo com tano dinheiro, o governo não tem competência para contratar médicos. E a população de um estado com 600 mil habitantes é obrigada a viver com um sistema de saúde de um estado que tem milhões de pessoas. Tem que madrugar em filas para conseguir uma consulta. Mas como disse o próprio governador: dinheiro tem, falta gestão.

Perguntas:

  • Por que o governo só deixou para fechar o Hospital de Campanha depois que os deputados aprovaram o decreto de calamidade?
  • Por que o governo não consegue contratar médicos com tanto dinheiro nos cofres?
  • Quem orientou Faradilson a criar fake news contra Teresa?

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