Sem pagamento, os servidores terceirizados da Maternidade Nossa Senhora de Nazareth paralisaram os serviços e realizam manifestação na unidade.
Como resultado, acompanhantes de pacientes fazem parte dos serviços de limpeza na unidade para evitar que o ambiente fique insalubre e a proliferação de fungos e bactérias.
A reportagem teve acesso a um vídeo que mostra uma mulher varrendo o piso de uma das enfermarias na maternidade. A paciente grava a situação enquanto relata que não tem funcionários para realizarem o serviço.
“Não tem tia da limpeza. Tá todo mundo sem receber [o pagamento]. Aí aqui a gente que limpa o nosso quarto”, relata a gestante.
Veja o vídeo na Maternidade:
Os funcionários da União Comércio e Serviços Ltda já estão há dois meses sem receber os salários. Como resultado, Cerca de 160 trabalhadores se sentem prejudicados por conta da situação.
A Suely Pereira da Silva é uma das funcionárias da empresa. E desse modo, ela relatou os problemas que enfrenta diante do atraso no pagamento. “A gente tem que ter dinheiro para poder se alimentar. A gente está sem salário há dois meses e estamos sobrevivendo de bico. Como eu e como todos os colegas, a gente tem que fazer bicos”, disse a mulher.
Do mesmo modo, o presidente do sindicato que representa a categoria, Alexandre Grossi, explicou que há famílias até mesmo sendo despejadas de seus lares.
“Sem luz, sem água, sem alimentação na mesa por conta de uma má administração dentro da Secretaria de Saúde. Gostaria que o senhor, governador Denarium, olhasse para esses trabalhadores aqui, no olho deles, e viesse aqui falar para eles que, como dizem, que [o pagamento] está todo em dia”, apelou.
O que diz a Sesau
A Sesau nega atraso e diz que a única nota em pendência referente ao exercício de 2023 é a nota fiscal de março, que encontra-se em trâmite de pagamento.
Além disso, afirmou que a empresa União Comércio e Serviço tem conhecimento que o prazo estabelecido em cláusula contratual para pagamento é de até 30 dias úteis após o devido protocolo da nota, não podendo a empresa condicionar o pagamento de servidores em dia, ao protocolo de nota na Sesau.
Fonte: Da Redação