Por conta de uma dívida de R$ 12,4 milhões da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), a empresa contratada pela pasta e responsável por fornecer alimentação para 25 unidades de saúde em Roraima suspendeu parcialmente o serviço por falta de recursos. Após a repercussão da notícia, a reportagem recebeu diversos relatos de que não somente os funcionários, mas também os acompanhantes de pacientes não receberão mais refeições a partir desta quarta-feira (3).
Indignada, a acompanhante de uma paciente internada no Hospital Geral de Roraima (HGR) disse que sequer teve direito ao café da manhã. “Nós recebemos a notícia que não vai ter comida para os acompanhantes. Hoje de manhã eles não trouxeram o café […] O Denarium não vai dar mais comida para os acompanhantes. Muita gente aqui não tem dinheiro para comprar comida. Eu mesma sou uma que não tenho”, salientou a mulher.
Uma plantonista do Pronto Atendimento Cosme e Silva, que preferiu não se identificar, disse que os funcionários não foram comunicados pela Sesau sobre a medida. “É revoltante. Estamos indignados […] O Governo simplesmente suspendeu a alimentação dos plantonistas em todas as unidades de saúde e não teve a decência de comunicar, de fazer um termo comunicando a todos os funcionários. Não teve essa empatia”, ressaltou a profissional.
A empresa que faz a distribuição da comida nas unidades de saúde do Estado enviou um ofício à Sesau nesta terça-feira (2) para comunicar a suspensão. A firma relata estar em situação de colapso financeiro por causa da falta de pagamento da pasta.
CGU
A Controladoria Geral da União (CGU) também notificou a Secretaria da Saúde por meio de ofício no dia 11 de junho. O órgão de controle solicitou à titular da pasta, Cecília Lorenzon, para que informasse por qual razão os recursos federais repassados ao Estado de Roraima não foram utilizados para a quitação dos serviços.
Em nota, a Sesau informou que o fornecimento da alimentação nas unidades hospitalares está sendo normalizado gradativamente para acompanhantes de pacientes e servidores. Disse ainda que não deixou de fornecer refeições aos pacientes internados e em tratamento.
Fonte: Da Redação