O governador Antonio Denarium (PP) assinou nesta segunda-feira (04) um decreto que libera o uso de máscaras em ambientes fechados.
O decreto abrange todo o estado de Roraima. O chefe do Executivo já havia anunciado a pretensão na semana passada.
“Fica desobrigado, em todo o território estadual, o uso de máscara de proteção facial para circulação ou permanência em ambientes abertos ou fechados, facultada a cada pessoa a decisão de utilizá-la ou não”, diz trecho do documento.
As exceções são para unidades de saúde, bem como para pessoas com sintomas gripais ou que tiveram contato com casos conformados em 48h.
O decreto recomenda ainda o uso de máscara para pessoas que possuam fatores de risco para agravamento da Covid-19, como comorbidades, imunossuprimidas, mulheres grávidas, assim como idosos de 70 anos ou mais.
Outra recomendação é para que a população continue com a adoção de medidas de higiene como higienizar as mãos com álcool 70% ou com água e sabonete líquido com frequência, cobrir o rosto com o antebraço ao tossir ou espirrar e evitar compartilhar objetos de uso pessoal.
Por fim, o Estado aconselha o distanciamento de 01 metro entre pessoas para evitar aglomerações.
Em fevereiro deste ano, o governador solicitou à Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) autorização para renovar o decreto de calamidade por Covid-19.
Denarium justificou que o decreto ampara as ações de combate e enfrentamento aos impactos causados pela pandemia.
Contudo, a prorrogação do estado de calamidade causou polêmica devido aos baixos números de casos e mortes pela doença em Roraima.
Desse modo, o próprio vice-governador Dr. Frutuoso Lins (MDB) se posicionou contra. Ele disse que o decreto “afrouxa as regras de licitação”.
Do mesmo modo, o deputado Dhiego Coelho (PTC) também foi contra a extensão do estado de calamidade. Ele votou contra o projeto e depois foi visitar o Hospital de Retaguarda. No local, constatou que não havia pacientes internados por Covid-19.
Na ocasião, o depurado afirmou que todas a estrutura e servidores do hospital estavam sem utilidade nenhuma. Portanto, não havia motivo para a prorrogação do decreto.
Mesmo com toda a polêmica e repercussão na imprensa, os deputados aprovaram o pedido do governador. A votação do projeto ocorreu em plenário no início de março.
A deputada Ângela Águida Portela, por exemplo, afirmou que a população estava mal informada e que o decreto garante a entrega de cestas básicas para as famílias carentes.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) inclusive, determinou a retirada de dezenas de publicações das redes sociais do governador, por ele usar as cestas para se promover em ano de eleições.
Em seguida, após a aprovação dos deputados, o vice-governador afirmou que iria acionar a Justiça para barrar o decreto.
Logo após a renovação do estado de calamidade, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) fechou o Hospital de Campanha por falta de pacientes. Transferiu ainda o atendimentos de casos de Covid para o Pronto Atendimento Cosme e Silva.
Outro ponto que mostrou redução foram as internações. O Hospital Geral de Roraima (HGR) não registras pacientes na UTI-Covis desde a semana passada. A unidade também segue sem internações nos leitos clínicos.
Fonte: Da Redação
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