A transmissão da Covid-19 atingiu estabilidade com o avanço da campanha de vacinação no país. A média diária de casos é de 11.500, enquanto a de mortes é de 320. Os dados são do boletim extraordinário da Covid-19, da última quinta-feira (4), produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A instituição analisou dados da Semana Epidemiológica de 24 a 30 de outubro. Para a Fiocruz, os números têm relação direta com o avanço no número de vacinados contra a doença.
“O avanço da cobertura vacinal no país tem trazido benefícios inegáveis para a mitigação da pandemia. A melhor evidência para isso é a queda nas internações e mortes, que ratificam o sucesso na prevenção de formas graves e fatais da Covid-19”, diz o boletim.
Os dados indicam que a maioria dos estados brasileiros estão com a taxa de ocupação de leitos para Covid-19 abaixo dos 50%. Ou seja, estão na zona verde de alerta. Apenas o Espírito Santo ficou na zona de alerta amarela, com 67% de ocupação.
Em Roraima, à época da coleta dos dados, a taxa de ocupação dos 49 leitos disponíveis foi de 16%. Porém, ontem (7), conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), a taxa atingiu 31%, com 15 pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Roraima (HGR).
Vacinação
Apesar dos números, a Fiocruz alerta para a possibilidade de piora na pandemia. Isto porque a cobertura vacinal contra a doença não atingiu o número ideal.
Em Roraima, conforme dados da Sesau, a cobertura vacinal da primeira dose está em 68,05%. Já em todo país, 73,04% da população tomou a primeira dose.
Por outro lado, apenas 36,57% dos roraimenses tomaram a segunda dose, enquanto que 56,06% da população brasileira se imunizou completamente.
“O que se objetiva, sobretudo, é alcançar o patamar de 80% de cobertura vacinal da população total, não apenas de adultos. Hoje, a cobertura vacinal na população total é de 55%, ainda distante daquele patamar ideal”, recomendou.
Por conta disso, a Fiocruz avalia que medidas como o uso de máscara, distanciamento social, bem como a higienização das mãos continuem sendo incentivadas até que o número de vacinados atinja a porcentagem ideal.
“O relaxamento do distanciamento físico é inevitável agora, mas ele deve ser feito de forma responsável e segura. Que atividades que impliquem na maior concentração e aglomeração de pessoas só sejam realizadas com comprovante de vacinação”, indicou.
Fonte: Da Redação