O Governo de Roraima adiou por mais 180 dias o prazo de entrega das obras do Hospital Pedro Álvaro Rodrigues, em Bonfim, Norte de Roraima. A Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinf) publicou a ampliação do prazo no último dia 22 de dezembro, no Diário Oficial do Estado (DOE).
À época do anúncio da obra, o governo estimou que o hospital deveria ser entregue em fevereiro de 2020. Contudo, o prazo está com um ano e 10 meses de atraso. A publicação no DOE não explica os motivos para o adiamento.
O governador de Roraima Antonio Denarium (PP) assinou a ordem de serviço em junho de 2019. Na ocasião, o governo prometeu entregar a unidade com 23 leitos, sala de fisioterapia e farmácia. Além disso, o planejamento incluía a construção de uma maternidade e um centro cirúrgico.
No total, a reforma da unidade teve investimento de mais de R$ 3,5 milhões, com recurso de emenda parlamentar do deputado federal Jhonatan de Jesus (Republicanos).
Em julho do ano passado, cinco meses após o fim do prazo oficial, em publicação nas redes sociais, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) anunciou uma nova data para a entrega. De acordo com a pasta, a previsão do fim da obra era até o fim de 2020, o que não ocorreu.
Por outro lado, enquanto o hospital não é entregue à população, os pacientes recebem atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Já em casos mais graves, os pacientes são removidos para Boa Vista.
Como resultado, os moradores de Bonfim estão há dois anos e cinco meses sem uma unidade hospitalar de média complexidade.
Procurado, o governo de Roraima afirmou que precisou fazer uma adequação técnica e financeira. O intuito, ainda conforme o governo, é ” garantir mais durabilidade à estrutura”.
“Tais mudanças precisavam antes ser aprovadas pela Caixa Econômica Federal e pelo Ministério da Saúde”, diz trecho da nota.
Ainda conforme o governo, a pandemia também atrasou o fornecimento de alguns materiais. Disse, ainda, que a Seinf está amparada pelo Decreto de Calamidade Pública, publicado em junho. O documento tem validade de 180 dias em todo o interior.
“Por conta das fortes chuvas atípicas, que impossibilitam a execução de serviços externos à obra”, justifica o governo sobre o decreto.
Fonte: Da Redação
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