Uma mulher que preferiu não ser identificada, entrou em contato com o Roraima em Tempo, nesta terça-feira (3) para denunciar falta de medicamentos na Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica (CGAF), de responsabilidade do Governo de Roraima.
Conforme o relato, a filha foi diagnosticada com puberdade precoce. Assim, há dois meses, a mulher entra em contato com CGAF em busca do medicamento Leuprorrelina, contudo, recebe a informação que ele não está disponível.
“Fui na farmácia em julho e não tinha a medicação. Desde essa data estou então, em contato com a farmácia para saber se o remédio já chegou no entanto, ainda não chegou”, explicou.
Do mesmo modo, a mulher disse que paga consulta particular no intuito de não parar o tratamento da filha. “A medicação é o Acetato de Leuprorrelina para tratamento da minha filha que não pode parar. Pago a consulta particular para não parar o tratamento e o Governo não faz o mínimo que é ter a responsabilidade de manter o remédio na farmácia”, desabafou.
Outras denúncias
A reportagem já recebeu outras denúncias envolvendo a falta da mesma medicação na farmácia do Governo.
Na ocasião, a mãe de uma criança de 8 anos com puberdade precoce e estava sem a medicação, sofria com os impactos no organismo. Por ser uma medicação específica, o custo é de cerca de R$ 1,2 mil.
O medicamento é um componente especializado da assistência farmacêutica e quem adquire e distribui é exclusivamente o Estado.
“A puberdade precoce parece uma coisa simples, mas não é. Ela faz a criança que está com esse problema sentir cólicas mensais, os seios da criança crescem, o corpo se modifica para poder menstruar. Aí fica uma criança com o corpo de adulto e a cabeça de uma criança. É um descaso. Como uma empresa vence uma licitação e não tem o que ela se dispôs a oferecer? Como ficam as crianças?” disse a mãe.
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Citado
O Roraima em Tempo procurou o Governo de Roraima para posicionamento sobre o assunto. Por meio de nota, disse que adquiriu novos lotes do referido medicamento e que aguarda o envio por parte da empresa fornecedora, restabelecendo o estoque para dispensação na Central de Abastecimento Farmacêutica do Estado.
Fonte: Da Redação